QUEM SOMOS

CAVALEIROS - alusão aos Templários, às Cruzadas e à Távola Redonda. HERMON - o termo remete-nos ao Monte Hermon, em cujo topo se forma a neblina que se condensa em forma de garoa, o orvalho consagrado pelo Salmo 133. Essa precipitação "tolda parcialmente o sol escaldante do sul do Líbano, e umedece seu solo, transformando-o numa das regiões mais férteis e amenas do Oriente Médio."

Nós Cavaleiros do Hermon, na constante busca para tornar feliz a humanidade, sob a égide do Grande Arquiteto do Universo, que é Deus, nos reunimos às sextas-feiras a partir das 20h00 , na Avenida Pompéia, 1402 - Templo Ir.'. Willian Bucheb - São Paulo - SP.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

SOCIEDADES SECRETAS – MAÇONARIA E O PERÍODO DITATORIAL

NOTA INTRODUTÓRIA

Curiosidades - Você sabia que Getúlio Vargas mandou fechar a Maçonaria Brasileira?

Para quem conhece um pouco da Ordem, sabe que absolutismo e ditadura nada tem haver com nossos ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Getulhão sabia disso também! Pois bem, o historiador e nosso Irmão Frederico Guilherme costa em seu livro “A Trolha na Universidade” no capítulo 34, publicou uma ata da Loja “Fraternidade de Santos” de 1º de fevereiro de 1938 que reproduzirei parte dela a seguir para contextualizar a informação acima.
“Levando-se em conta a situação da loja e seu patrimônio, os Obreiros deliberaram, entre outras medidas o seguinte:
a)      – Considerando, que a Comissão Executiva do Estado de Guerra, nomeada pelo Exm° Sr. Presidente da República, deixou uma ordem mandando fechar o Grande Oriente do Brasil, os Grandes Orientes dos Estados e todas as Lojas maçônicas do país;”
Diante do exposto, acredito que a Maçonaria com seu currículo de lutas contra a tirania pelo mundo, deve ter deixado o Getúlio desconfortável, levando o mesmo a tomar a atitude de fechar nossa Augusta Fraternidade a fim de evitar futuras ameaças.




SOCIEDADES SECRETAS – MAÇONARIA E O PERÍODO DITATORIAL

A maioria dos maçons apoiou inicialmente o golpe, em um contexto que a situação do país era caótica. Castellani ainda afirma que o apoio da Maçonaria se deu devido à intenção do presidente de dar um rumo ordeiro à nação e devolver o governo aos civis, fato que não ocorreu devido a influencia da ala radical do exército. Ao contrário do Estado Novo, período ditatorial em que o Presidente Getúlio Vargas mandou fechar quase que todas as lojas maçônicas, o governo instaurado em 64 praticamente não repreendeu a instituição maçônica, de fato, o autor ressalta que era a própria Maçonaria que expurgava os membros considerados radicais. Além disso, existiam aproveitadores na ordem que usavam da tendência política dominante para perseguir outros maçons considerados adversários e os acusá-los de serem comunistas.
Este clima tenso fez que com que pessoas de destaque como o secretário de cultura sofressem pressões da ordem e fossem julgados como “pessoas de esquerda”, portanto, inadequados de pertencerem à Maçonaria. A partir de 1968 o sistema ditatorial começou a ficar mais repressivo. Artur da Costa Silva era o presidente do período, o congresso foi fechado e foi instaurado o Ato Institucional n° 5(AI 5) que acabava com várias garantias institucionais e jogava o Brasil em um período de muita censura e repressão. Devido á tensão da época, a atividade maçônica começou a diminuir se restringindo a fatos administrativos internos. Castellani afirma que no dia 24 de junho de 1969, o Grão Mestre Geral Moacir Arbex Dinamarco escreveu no seu relatório geral a seguinte mensagem: “(…) Demonstramos o pensamento da Maçonaria sobre a relevância do papel das forças armadas na defesa do regime democrático. Não nos acomodamos quanto à crise estudantil e, em declaração incisiva, colocamo-nos como mediador da mesma, procurando serenar o episódio”. Apesar de o Grão Mestre Moacyr afirmar que defendia um regime democrático, ele fazia exatamente o oposto, defendendo em nome da Maçonaria, um regime ditatorial.
Depois de Costa e Silva, o Brasil foi governado por Emílio Garrastazu Médici, que inaugurou a época mais dura e repressiva do regime. Essa época foi marcada por dissidências dentro da Maçonaria, em partes causadas pelo aumento do número de maçons contrários à ditadura militar. Em 1973 ocorreu uma cisão na Ordem Paulista, que ficou conhecido como “Cisma Paulistinha”, esse evento foi causado basicamente por disputas políticas internas referentes às sucessões de cargos maçônicos.
Depois da Era Médici, o general Ernesto Beckmann Geisil assumiu o controle do regime, e foi o principal responsável pelo início da lenta e gradual abertura política do país. O auge do apoio institucional da Maçonaria aconteceu no dia 15 de março de 1974, quando o presidente Geisel recebeu em audiência, o Grão Mestre Geral Osmame Vieira de Resende e o seu Adjunto o senador do partido situacionista Osíris Teixeira. No referido evento, Teixeira leu um ofício que reafirmava o apoio do Grande Oriente ao governo instaurado em 1964. De acordo com Castellani esse evento se fez sem consulta ao chamado “povo maçônico”, que desiludido e não percebendo a volta do regime democrático, já não apoiava, em sua maioria, o regime vigente.
Em 1979, João Batista Figueiredo assumiu a presidência, em um governo que se caracterizou por atitudes menos repressivas. No dia 28 de agosto, o presidente sancionou a lei de anistia, que foi promulgada no dia 1º de novembro. A Maçonaria apoiou a lei da anistia, apesar de haver maçons que não concordaram com essa ideia. A instituição também apoiou as eleições diretas para presidente no ano de 1984, o que de fato não ocorreu, visto que alguns grupos políticos queriam manter-se no poder. Pela via indireta foi eleito Tancredo Neves, que morreu antes de tomar posse, sendo assim o cargo foi entregue a José Sarney. Sarney conduziu o país em um regime impopular e marcado pela alta inflação, mas que entraria na história por ter sido o primeiro governo civil depois de duas décadas de ditadura militar.

Texto: Marcus Vinícius Galindo

Saiba Mais:

·         ALMERI, Tatiana. Raízes Secretas. In: Sociedades Secretas: Maçonaria,
Illuminatis, Cavaleiros Templários. Direção: Sandro Aloísio. Ed: Escala. São
Paulo, 2009. P. 104.
·         CASTELLANI, José. A Ação Secreta da Maçonaria na Política Mundial. Ed:
Landmark , São Paulo. 2007

Extraído de : http://monicanobrega.com.br/sociedades-secretas-maconaria-e-o-periodo-ditatorial/