QUEM SOMOS

CAVALEIROS - alusão aos Templários, às Cruzadas e à Távola Redonda. HERMON - o termo remete-nos ao Monte Hermon, em cujo topo se forma a neblina que se condensa em forma de garoa, o orvalho consagrado pelo Salmo 133. Essa precipitação "tolda parcialmente o sol escaldante do sul do Líbano, e umedece seu solo, transformando-o numa das regiões mais férteis e amenas do Oriente Médio."

Nós Cavaleiros do Hermon, na constante busca para tornar feliz a humanidade, sob a égide do Grande Arquiteto do Universo, que é Deus, nos reunimos às sextas-feiras a partir das 20h00 , na Avenida Pompéia, 1402 - Templo Ir.'. Willian Bucheb - São Paulo - SP.

sábado, 26 de novembro de 2016

RETORNANDO AO EIXO




RESILIÊNCIA: A capacidade do indivíduo construir-se positivamente frente as adversidades. 






“Mas, se a sociedade não pode igualar os que a natureza criou desiguais, cada um, nos limites da sua energia moral, pode reagir sobre as desigualdades nativas, pela educação, atividade e perseverança”.                               (Ruy Barbosa)


Não existe discípulo igual ao mestre, todo aquele, porém, que for bem instruído será como seu mestre”. Nessa instrução contida no Evangelho de Lucas 6:40, podemos claramente ver a necessidade de instruirmos para sermos constantemente lapidados.
Sabemos que nos dias atuais vivemos em uma concorrência constante com as facilidades, sejam estas promovidas pelo avanço tecnológico, seja pelo sentido putrefo do termo, ou seja, se dá um jeitinho para tudo. Desse modo, questionamos como devemos nos portar sem sermos passados para trás, ou o que fazer para não ser prejudicado pela pesada mão da falta de ética, ausência da sã moral, ou a falta de profissionalismo que envolve grande parte dos jovens viventes em um período imediatista. Voltemos ao dia de nossa iniciação, “-Não vos assustem essas espadas voltadas para vós!... Pela direção que tomam, são a irradiação intelectual que cada Maçom, de hoje em diante, projetará sobre vós...”[1], deste trecho podemos extrair  que os maçons mais experientes naquele momento emanaram sobre o iniciado as benesses da Arte Real, devendo portanto o iniciado, o novo maçom, debruçar-se as práticas do agir nos ditames da razão e assim, gradativamente ser treinado com finalidade de chegar a plenitude maçônica em condições de prever dentro de probabilidades situações nas quais possa se ver envolvido, sabendo como agir quando a situação puder tomar um viés diverso do pretendido.
O fato, dificílima é a tarefa de nos mantermos calmos a frente de adversidades, mas temos que entender isso como necessário, e criar diante as pequenas frustrações um método para treinarmos nossos espíritos para uma situação realmente dificultosa.
E a esta conduta que nos encoleriza chamaremos de humor, mas um humor maldoso, nefasto ou mesmo vingativo pueril.
Um grande talento nunca se rende às alterações de humor nem permite que seu temperamento peculiar corra cegamente[2]. Ergue-se acima de tão vulgar falta de compostura. Um dos grandes efeitos da sabedoria é autorreflexão o que entendemos por V\I\T\R\I\O\L\, quando conseguirmos reconhecer a presente disposição, conseguiremos realmente dominar nossos espíritos, vencendo os humores e não se arrastando tiranicamente de uma loucura para outra.
Ao exercitarmos a previsão de consequências lógicas, conseguiremos afastar esse humor, pois esse humor nefasto que nos toma e nos cega nada mais é do que uma indisposição do Espírito tacanho que se aloja em cada um de nós, mas os sábios, há! Sempre os sábios, estes se comportam perante esta doença como se esta fosse uma doença física. As pessoas doentes condenam o elixir sublime como bebida de forte amargor, mas o pensamento corrige-as e assim devemos nos policiar para corrigir nossos maus humores, dando livre passagem ao nosso temperamento básico, trata-se de aplicarmos a técnica da emoção oposta, a fim de equilibrar as escadas da prudência. Neste sentido, toda vez que for tolhido de um direito, buscará a forma racional e justa de reavê-lo, não se pode deixar-se levar pela síndrome do “talião” olho por olho; quando aviltados e instigados a sairmos de nossa emoção, sermos frívolos bastante para mantermo-nos serenos e não alterarmos o status quo, retribuir a ofensa com sorriso e entender que aquele que nos ataca não possui argumentos, motivo pelo qual tenta nos rebaixar ao seu nível. Esta é a hora de voltar à prancheta.
Passados alguns anos tivemos a satisfação de ouvir a apresentação do Trabalho de 3ª Instrução do grau de Aprendiz, elaborada pelo Irmão Marcelo Silva, o noviço sabiamente ensinou a todos nós ao concluir que “Todos os dias, e em todos os momentos invocamos a presença do G\A\D\U\ para que nos guarde e guie com a luz da verdade e sabedoria divina, nós Maçons a cada dia aprendemos mais sobre nossas virtudes, e qualidades dos seres humanos, e trabalhamos duramente para adquirirmos a cada dia o de melhor de todos os sentimentos existentes, buscando no nosso passado os erros e acertos e transformando a saudade em esperança de mudança[3]. Ficando demonstrada na brilhante peça de arquitetura a importância de nos renovarmos e de ensinarmos seriamente aos nossos iguais, um pouquinho daquilo que aprendemos, a final as qualidades dos seres humanos nem sempre são louváveis, e não sendo eles obrigados a entenderem isso, a nós nos cabe essa obrigatoriedade, e assim ensinando pelo exemplo e pela doutrinação.
Sathya Sai Baba na obra Krishna e a Arte de Liderar ensina que “Os alicerces do contentamento devem surgir da mente, e aquele que tiver tão pouco conhecimento da natureza humana a ponto de procurar a felicidade modificando qualquer coisa que não sua própria disposição, desperdiçará sua vida em esforços inúteis e multiplicará as mágoas que tenciona remover[4]. Demonstrando que às vezes devemos mudar de estratégia, rever os conceitos e posicionamentos que adotamos para assim alterarmos todo um sistema viciado e corrompido.
  
CONCLUSÃO
Ao estabelecermos em nossas vidas o V\I\T\R\I\O\L\, estaremos automaticamente revendo as estratégias para nosso dia a dia, assim conseguindo prever os possíveis óbices, desse modo, faz-se necessária a colocação de limites aos nossos desejos, os seja, invés de desejar destruir, ou que os problemas que nos rodeiam sejam afastados, devemos ser resilientes e como ensinado pelo Mestre Ruy Barbosa “nos limites da sua energia moral, pode reagir sobre as desigualdades nativas, pela educação, usando portanto dos ensinamentos adquiridos dentro do Templo Maçônico e aplicarmos a todos que nos cercam, assim construindo não apenas  o nosso templo interior, mas também estaremos assentando com a argamassa mística da Moral cada tijolo da grande fortaleza da ética e das boas práticas.
O Conhecimento representa a peça fundamental para o desenvolvimento coordenado e seguro. O homem, desde seu surgimento, busca verdades e confirmações que sempre estiveram ao seu alcance. Bastando, para alçá-las apenas o olhar introspectivo.


BIBLIOGRAFIA
·         Ritual do Aprendiz Maçom GLESP-2006
·         DA CAMINO, Rizzardo. Simbolismo do Terceiro Grau. Madras Editora Ltda. São Paulo, 2006.
·         CHIBBER, Dr. M.L. Krishna e a Arte de Liderar. Do original: Leadership – Book for Yout, Parents and Teachers. Fundação Sri Sathya Sai Baba do Brasil. Madras Editora Ltda. São Paulo, 2003.
·         GRACIAN, Baltasar. Espelho de Bolso para Heróis. Original: A Pocket Mirror for Heroes. Edições Temas da Actualidade, S.A. Lisboa / PT, 1996.
·         DA SILVA, Marcelo. Terceira Instrução de Aprendiz Maçom. ARLS Cavaleiros do Hermon – 335 GLESP. São Paulo, 2010.

Rogo ao G\A\D\U que à todos Ilumine e Guarde, Fraternalmente:                                          
                                                 

Ir\ EUCLIDES CACHIOLI DE LIMA
Past-Master


Or\De  São Paulo, 25 de novembro de 2016 ( E\V\)




[1] Ritual do Aprendiz Maçom, pg. 55 – REAA – GLESP - 2ª Edição, Janeiro, 2006.
[2] Espelho de Bolso Para Heróis, pg. 13.
[3] Marcelo Silva – 3ª Instrução do Grau de Aprendiz. Outubro de 2010.
[4] Sathya Sai Baba – Krishna e a Arte de Liderar. Pg. 115 – Citando Peter F. Drucker, Effective Executive, Pan Books London.