QUEM SOMOS

CAVALEIROS - alusão aos Templários, às Cruzadas e à Távola Redonda. HERMON - o termo remete-nos ao Monte Hermon, em cujo topo se forma a neblina que se condensa em forma de garoa, o orvalho consagrado pelo Salmo 133. Essa precipitação "tolda parcialmente o sol escaldante do sul do Líbano, e umedece seu solo, transformando-o numa das regiões mais férteis e amenas do Oriente Médio."

Nós Cavaleiros do Hermon, na constante busca para tornar feliz a humanidade, sob a égide do Grande Arquiteto do Universo, que é Deus, nos reunimos às sextas-feiras a partir das 20h00 , na Avenida Pompéia, 1402 - Templo Ir.'. Willian Bucheb - São Paulo - SP.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Primeiridade, Secundidade, Terceiridade

A Semiótica (do grego sēmeiōtikos - literalmente, "a ótica dos sinais"), é a ciência que estuda os fenômenos culturais como se fossem sistemas de significação. Este termo é derivado da palavra grega “sēmeion”, que significa "signo". John Locke usou os termos "semeiotike" e "semeiotics" no livro 4, capítulo 21 do Ensaio acerca do Entendimento Humano (1690).
Importante notar que o interesse pela ciência dos signos surgiu, de forma independente, na Europa e nos Estados Unidos. Mais frequentemente, costuma-se chamar "Semiótica" à ciência geral dos signos nascidas do americano Charles Sanders Peirce e "Semiologia" à vertente europeia do mesmo estudo, as quais tinham metodologia e enfoques diferenciados entre si. Neste ponto de nosso caminhar, vemos a Ordem utilizando-se desta ciência para reforçar conceitos e definições importantíssimos ao progresso do Iniciado, resgatando o simbolismo já apresentado anteriormente, agregando a ele a conotação prática útil na preparação do estudioso rumo a sua elevação.
Mais complexa que a vertente europeia, em seus princípios básicos, a vertente americana (peirciana) considera o signo em três dimensões. Ocupa-se do estudo do processo de significação ou representação, na natureza e na cultura, do conceito ou da ideia.
A semiótica tem a sua origem na mesma época que a filosofia e disciplinas afeitas. Da Grécia até os nossos dias desenvolve-se continuamente. Porém, há cerca de dois ou três séculos, é que se começaram a manifestar aqueles que seriam apelidados pais da semiótica. Os problemas concernentes à semiologia e à semiótica, assim, podem retroceder a pensadores como Platão e Santo Agostinho, por exemplo.
No estudo geral dos signos desenvolvido por Charles Sanders Peirce (vertente americana, 1839-1914), o Homem significa tudo que o cerca numa concepção triádica (primeiridade, secundidade e terceiridade), e é nestes pilares que toda a sua teoria se baseia. É por este viés que apresentaremos a análise dos conceitos (e de sua importância) no esclarecimento do por que definições já passadas nas primeiras instruções, são resgatadas aos aprendizes na reta final do primeiro grau.
Primeiridade - a qualidade da consciência imediata é uma impressão (sentimento) in totum, invisível, não analisável, frágil. Tudo que está imediatamente presente à consciência de alguém é tudo aquilo que está na sua mente no instante presente. O sentimento como qualidade é, portanto, aquilo que dá sabor, tom, matiz à nossa consciência imediata, aquilo que se oculta ao nosso pensamento. A qualidade da consciência, na sua imediaticidade, é tão tenra que mal podemos tocá-la sem estragá-la. Primeiridade é a compreensão superficial de um signo. S.˙. T.˙. e P.˙. são um bom exemplo de primeiridade aplicada ao trabalho de desbaste da P.˙. B.˙. na vida do A.˙. M.˙.. Apesar de se tratar de fortes recursos de identificação, são perfeitamente compreensíveis em sua expressão latu-sensu, e cumprem sua função per si, sem a necessidade de abstrações ou debruçamento por parte dos que os utilizam para que tenham o efeito pretendido. Não há de fato o quê compreender, mas somente o quê observar.
Secundidade - na arena da existência cotidiana, estamos continuamente esbarrando em fatos que nos são "externos", tropeçando em obstáculos, coisas reais, factivas que não cedem ao sabor de nossas fantasias. O simples fato de estarmos vivos, existindo, significa que estamos reagindo em relação ao mundo. Existir é sentir a ação de fatos externos resistindo à nossa vontade. Existir é estar numa relação, ter um lugar nas determinações do universo, resistir e reagir, ocupar um tempo e espaço particulares. Onde quer que haja um fenômeno, há uma qualidade, isto é, sua primeiridade. Mas a qualidade é apenas uma parte do fenômeno, visto que, para existir, a qualidade tem que estar encarnada numa matéria. O fato de existir (secundidade) está nessa corporificação material. Assim sendo, Secundidade é quando o sujeito lê o signo com compreensão e profundidade de seu conteúdo. A palavra chave deste conceito é ocorrência, o conceito em ação. Podemos ver a ideia de compreensão de significado de forma latente no discurso dos vigilantes quando se referem aos artefatos de trabalho, agregando definições morais ao objeto em si, levando o Ap.˙. a resgatar o ensino recebido previamente a respeito de sua significação (Avental - trabalho, Esquadro - retidão, Compasso – justa medida, Nível e Prumo – igualdade e justiça, Maço – inteligência, Cinzel – razão, Pavimento Mosaico - fraternidade). Ademais, ao repetir este ensino, os fazem com que o neófito se lembre de suas responsabilidades mais básicas, entre as quais a de ser, naturalmente, um cidadão diferenciado principalmente por suas virtudes morais (signo + significado).
Terceiridade - corresponde à camada de "inteligibilidade", ou pensamento em signos, através da qual representamos e interpretamos o mundo. Por exemplo: os pilares, simples e positivos pilares, são “o primeiro”. Os pilares, como representação das LL.˙. da L.˙., aqui e agora, onde se encarnam os pilares são “o segundo”. A síntese intelectual, elaboração cognitiva – os pilares da Sabedoria, Força e Beleza -, são “o terceiro”. A terceiridade vai além deste espectro de estrutura verbal da oração. Ou seja, o indivíduo conecta sua experiência de vida à frase meramente dita, fornece um contexto pessoal ao discurso. Sucintamente, podemos dizer que terceiridade está ligada a nossa capacidade de previsão de futuras ocorrências da secundidade, já que não só conhecemos o acontecimento na medida de possibilidade natural, como já o vimos em ação, e como tal, já nos é intrínseco. Outro exemplo de momento onde a ideia de terceiridade aparece na instrução é quando o A.˙. é provocado a perceber que os sustentáculos da abóbada celeste que cobre a L.˙., simbolizados por doze “lindas colunas zodiacais” as quais em algumas culturas definem, entre outras coisas, as características da personalidade do ser humano, remontam à Universalidade da M.˙., que aceita o desafio de orientar o aperfeiçoamento de todo homem livre e de bons costumes, independente de suas características aparentemente inatas (signos do zodíaco).
 Finalmente, o V.˙.M.˙. transmite aquela que é talvez a grande mensagem do primeiro Grau. As bases e os fundamentos da caminhada do M.˙. são lançados aos iniciados e delas eles não devem se apartar jamais. Tudo que se pode fazer deve ser feito, e bem feito, porque somente cheios do vigor e da energia do novo irmão é que poderemos, repetidas vezes, descobrir a P.˙. B.˙., desbasta-la e poli-la, ajusta-la ao edifício, e imediatamente partir para a busca de uma próxima, perseguindo o alvo de concluir a importante obra de construção social para a qual fomos recrutados. O resultado final é o que importa. Agindo assim, quando passarmos pelo trolhamento, responderemos com convicção a que viemos: levantar TT.˙. à Virt.˙., cav.˙. masm.˙. aos VVíc.˙., incessantemente do meio dia a meia noite, vencendo as paixões, submetendo as vontades, progredindo sempre.

Colaboração do Ir.'. Rodrigo C.G. - autor do Blog Schola Moralis

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