QUEM SOMOS

CAVALEIROS - alusão aos Templários, às Cruzadas e à Távola Redonda. HERMON - o termo remete-nos ao Monte Hermon, em cujo topo se forma a neblina que se condensa em forma de garoa, o orvalho consagrado pelo Salmo 133. Essa precipitação "tolda parcialmente o sol escaldante do sul do Líbano, e umedece seu solo, transformando-o numa das regiões mais férteis e amenas do Oriente Médio."

Nós Cavaleiros do Hermon, na constante busca para tornar feliz a humanidade, sob a égide do Grande Arquiteto do Universo, que é Deus, nos reunimos às sextas-feiras a partir das 20h00 , na Avenida Pompéia, 1402 - Templo Ir.'. Willian Bucheb - São Paulo - SP.

sábado, 18 de maio de 2013

PÁLIO


PÁLIO
Mestre de Cerimônias, 1º E 2º Diáconos

Ao iniciarmos nossos trabalhos sem dúvidas um dos momentos mais emocionantes é a abertura do livro da lei quando o mestre de cerimônias juntamente com os diáconos formam a proteção do Past-Master, o que veremos mais a frente. No entanto faz necessário decifrarmos quais personagens são representadas pelos oficiais Mestre de Cerimônia, 1º e 2º Diáconos.
Segundo a doutrina maçônica os diáconos tem, cada um, uma pomba como jóia significando suas qualidades de mensageiros, o primeiro se coloca perto e à direita do venerável, para pô-lo em comunicação com o primeiro vigilante, e o segundo, que se coloca perto e à direita  do primeiro vigilante, para transmitir suas ordens ao segundo vigilante e demais membros da oficina.
A palavra diácono origina-se do grego com o significado de servidor. Eles são os embaixadores, os arautos, os que conduzem a palavra sagrada e a de passe. Muitos autores comparam os diáconos a querubins o que ao meu ver não é correto afinal os querubins foram colocados sobre a arca da aliança, no propiciatório, foram colocados dois querubins, símbolo da vigilância e guarda.
O profeta Ezequiel descreve tais seres como sendo alados, de luminosidade intensa, com quatro faces de animais dotados de plenos poderes. Por comunicarem-se com os humanos os anjos dessa hierarquia fez com que, ao meu ver, fossem por alguns doutrinadores maçônicos personificados na figura dos diáconos.

Hermes/Mercúrio coordena a condução do corpo de Sarpedon, auxiliado por dois entes alados,
Hypnos    (Sono) e Thanatos (Morte). Vaso das coleções do Metropolitan, New York


Discordando de tal posicionamento, entendo que os diáconos, até por questão de origem do nome, se assemelham muito mais aos deuses gregos Hypnos e Tânathos, sono e morte respectivamente. Vejamos o porquê, Hermes (Mercúrio dos romanos) deus veloz e com acesso livre em todos os planos, material e imaterial, físico ou etéreo, era o mensageiro dos deuses era ele também o responsável por conduzir, todos aqueles desencarnados que eram trazidos por Tânathos, pelo rio do Ades, levando estes ao Mundo Inferior ou aos Campos Elíseos. Assim também podiam encontrar com Hermes aqueles que ao se entregarem a Hypnos, fossem de encontro a Morfeu para viajarem pelo mundo dos sonhos. 
Aprendemos que o Mestre de Cerimônia equipara-se a Mercúrio/Hermes, o mensageiro, que vai do oriente ao ocidente, do norte aos sul, do plano material ao plano espiritual; temos ainda que levar em consideração a forte influência greco-romana presente em nossos rituais, portanto ao procedermos um sincretismo, ao vermos Mercúrio/Hermes no Mestre de Cerimônias, é possível vermos Hypnos e Tânathos na figura dos Diáconos.
Diz uma velha frase militar “O sono é o prelúdio da morte”, ou seja, Hypnos caminha ao lado de Tânathos; o primeiro faz com que o ser liberte sua alma, mas lembrando que deverá retornar, o mundo dos sonhos nos leva ao plano espiritual, mas sempre temos de retornar ao corpo, somos uma pomba impedida de voar livre, nos lembra o 1º Diácono; o segundo, Tânathos, conduz a alma a liberdade do corpo físico, ao mundo espiritual sem o compromisso de retorno.
Hypnos vive no plano etéreo busca a cada noite as almas para um novo aprendizado, pra acostumarem-se a liberdade eterna que se aproxima a cada dia; por isso o 1º Diácono senta-se no Oriente, próximo à razão ao conhecimento a liberdade de transitar que é dada aos que ali tem acesso; Tânathos por sua vez transita no plano material, pois ali encontrará aqueles que deverão ganhar a liberdade eterna da alma, ali encontrará os que devem ser vigiados e ali irá velar para que todos se conservem com disciplina e ordem, pois somente assim conseguirão adquirir o conhecimento necessário para ganharem a liberdade sem sofrimento, fato esse que pode ser observado nas falas do 2º Diácono.
Dessa forma auxiliam Mercúrio/Hermes, o mensageiro, que transita incansavelmente por toda a Loja, por todo o Universo.
O PÁLIO

Dito. Vejamos agora a questão do Pálio. Trata-se do manto grego que os romanos adotaram, e que era usado pelos imperadores nas audiências públicas. Na Idade Média simbolizava a presença divina, colocados sobre as estátuas dos santos, nas fachadas e nos altares das igrejas medievais, ou ainda o sobrecéu portátil sustentado por varas usado nas procissões, para cobrir o sacerdote que leva o sacrário. Disse ainda das armações construídas sobre as camas dos reis franceses ou nos tronos construídos para Napoleão.
Usado nas cerimônias de coroação dos reis da Inglaterra. Em sua versão mais moderna são os chamados toldos de proteção construídos sobre as portas e janelas. De modo geral, é tudo o que oferece algum tipo de proteção às pessoas ou aos objetos.
Na Maçonaria dá-se o nome a cobertura formada pelos bastões dos Diáconos e do Mestre de Cerimônias sobre o Altar dos Juramentos nos momentos em que se abre e se fecha o Livro da Lei.
O triedro assim formado, com sua forma piramidal, é considerado um poderoso concentrador de energias cósmicas. Esta definição dada por Nicola Aslan e Rizzardo da Camino.
A formação do Pálio é original do Rito Adoniramita, no qual o Pálio é feito pelo cruzamento das espadas do M.’. Cerimônias e dos dois Diáconos.
Copiado do Rito Adoniramita, o Pálio foi introduzido no REAA, nas Lojas do GOB, onde os Diáconos e o M.’. de Cerimônias também portam espadas.
Algumas das Grandes Lojas, desde sua fundação pelo Supremo Conselho do REAA, continuaram a fazer o Pálio, agora com os Diáconos e o M.’. Cerimônias portando bastões.
Em 1999, o GOB excluiu dos rituais do REAA a formação do Pálio, uma vez que só o Mestre de Cerimônias acompanha o Irmão Orador na abertura e no fechamento do Livro da Lei. Em nome da pureza do REAA.
Os rituais do REAA da Grande Loja de Cuba, da Grande Loja de Oaxaca, no México, da Grande Loja Regular de Portugal não prevêem a formação do Pálio. O mesmo acontecia com a Grande Loja da Guanabara, sucessora da Grande Loja Symbólica do Rio de Janeiro e antecessora da GLMERJ.
Nas Grandes Lojas - ou pelo menos na GLMERJ - procurou-se também, por volta de 1986, corrigir esta prática, mas ao invés de se eliminar o cruzamento dos três bastões, eliminou-se apenas o cruzamento do bastão do Mestre de Cerimônias. O pior é que se continuou chamando de Pálio ao cruzamento dos dois bastões dos Diáconos.[1] Fato que podemos observar também no GOP.
O Templo Maçônico, em suas dimensões, sendo o comprimento três vezes maior do que a largura. O ponto de cruzamento das diagonais traçadas dos vértices opostos deste retângulo se encontra no “ponto geométrico conhecido”. Este ponto, encontra-se exatamente sobre o Altar dos Juramentos e sobre as três Luzes Simbólicas, o Livro da Lei, o Compasso e o Esquadro, sem os quais não pode uma Loja legitimamente funcionar. Por favor não confundam com as Luzes, referente V.˙.M.˙., 1º e 2º VVig.˙.
Este é o motivo porque não devemos utilizar nenhum tipo de pálio – ou abóbada – e, sim, devemos dar a devida importância à Lâmpada, o que infelizmente não é feito em nossos rituais. Ao formarmos o Pálio acabamos por ofuscar a presença da Divindade em nossos Templos, pois colocamos uma barreira entre sua luz e a quem esta deve se aspergir.
Incorreto também é o uso de lâmpadas incandescentes, deveríamos sim utilizar da lâmpada de pavio e velas de cera de abelha com pavios de ceda,  porém esse é assunto para tratarmos em outro trabalho.
Assim justifico meu estudo sobre o Pálio Maçônico, entendendo o porquê de algumas potências divergirem em alguns pontos de um mesmo rito.
Concluindo que independente de a Luz da Lâmpada irradiar-se diretamente sobre a cabeça do oficiante ao abrir e fechar o Livro da Lei, ou se o Pálio original, formado pelos Diáconos e pelo Mestre Cerimônias impede a ação direta dessa Luz, como afirmam alguns estudiosos, a minha verdade é que sem sombra de dúvidas executamos, ao abrir ou fechar os trabalhos de uma loja de maçons, um dos mais belos e importantes atos contidos no Rito Escocês Antigo e Aceito, motivo pelo qual devemos nesses momentos elevar nossos pensamentos e durante a abertura dos trabalhos rogar ao G.˙.A.˙.D.˙.U.˙. por, sabedoria, conhecimento, inteligência e discernimento, para sairmos dali melhores do que entramos; e ao final dos trabalhos devemos repetir tais atos mas simplesmente para agradecer e exaltar o Grande Geômetra, Arquiteto do Universo.
Rogo ao G.˙.A.˙.D.˙.U.˙. que a todos ilumine e guarde.
Fraternalmente:



EUCLIDES CACHIOLI DE LIMA
M.˙.M.˙.

       
BIBLIOGRAFIA

·        DA CAMINO. Rizzado, - Dicionário Maçônico – Madras Editora. São Paulo 2001.

·        FADISTA. Antonio Rocha, - www.formadoresdeopiniao.com.br

·        FIGUEIREDO. Joaquim Gervásio, - Dicionário de Maçonaria Seus Mistérios, seus ritos, sua filosofia, sua história. Editora Pensamento. São Paulo 2008.




[1] Antonio Rocha Fadista - www.formadoresdeopiniao.com.br

3 comentários:

  1. Boa tarde Ir. Euclides....muito instrutivo seu trabalho.Boa pesquisa, bons argumentos , bastante didático. Grato! Ronaldo José Luiz...Loja Maç. Sete Colinas , 201. Uberaba MG ronaldojoseluiz@gmail.com

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    1. Feliz em ver o comentário do irmão Ronaldo José Luiz

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  2. Gostaria de saber dentro da minha condição mais detalhes sobre.....

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