QUEM SOMOS

CAVALEIROS - alusão aos Templários, às Cruzadas e à Távola Redonda. HERMON - o termo remete-nos ao Monte Hermon, em cujo topo se forma a neblina que se condensa em forma de garoa, o orvalho consagrado pelo Salmo 133. Essa precipitação "tolda parcialmente o sol escaldante do sul do Líbano, e umedece seu solo, transformando-o numa das regiões mais férteis e amenas do Oriente Médio."

Nós Cavaleiros do Hermon, na constante busca para tornar feliz a humanidade, sob a égide do Grande Arquiteto do Universo, que é Deus, nos reunimos às sextas-feiras a partir das 20h00 , na Avenida Pompéia, 1402 - Templo Ir.'. Willian Bucheb - São Paulo - SP.

domingo, 26 de maio de 2013

POSSE DA CHAPA BARÃO DE MAUÁ - GESTÃO 2013/2014


Contamos com a presença dos Irmãos.
Em 26MAI13

Queridos e amados Irmãos, S.'.S.'.S.'.

Em virtude da posse do Irmão Ronaldo Fernandes como Sereníssimo Grão-Mestre da GLESP que se dará em 28 de Junho de 2013, houve a imperiosa necessidade de ALTERARMOS A DATA DA POSSE DA CHAPA "BARÃO DE MAUÁ" para Gestão 2013/2014 da A.'.R.'.L.'.S.'. Cavaleiros do Hermon , 335. 
Pelo motivo acima exposto solicito aos irmãos que procedam o reagendamento e assim nos deem a honra e a imensa satisfação de te-los presentes no dia 21 de junho de 2013 às 20h em nosso Templo à rua Simão Álvares, 93 - Pinheiros.

Conto com a presença dos amados irmãos.


Euclides CACHIOLI de Lima
Ir.'. 1º Vigilante


sexta-feira, 24 de maio de 2013

COMPANHEIRO MAÇOM: O GRAU INJUSTIÇADO


Texto de Kennyo Smail

Os seres vivos têm comumente seus ciclos de vida divididos em três etapas: nascimento, vida e morte. Quando divididos em fases, não é muito diferente: fase infantil, fase adulta, e fase senil.
É claro que cada etapa, cada fase tem sua importância, exercendo papel fundamental num ciclo de vida. Mas se você tivesse que escolher uma etapa da vida, uma fase preferida, qual seria? Creio que quase a totalidade das pessoas optariam pela vida, pela fase adulta.
A Maçonaria Simbólica nada mais é do que um ciclo de vida iniciático, também dividido em três etapas. Enquanto o Grau de Aprendiz simboliza o nascimento, quando o candidato que se encontra nas trevas recebe, enfim, a luz da Maçonaria, o Grau de Mestre simboliza a morte, e todos os ensinamentos que ela envolve. Então, o que seria o Grau de Companheiro, esse grau tantas vezes discriminado? O Grau de Companheiro simboliza a vida, a fase madura, entre o nascimento e a morte!
Mas a cultura que se sobressai no meio maçônico destaca apenas dois momentos importantes na vida de um maçom: quando de sua iniciação, que marca o início de sua senda maçônica, e quando galga o grau de Mestre, alcançando assim sua plenitude de direitos maçônicos. O grau de Companheiro, além de marginalizado, é visto por muitos como um peso, um obstáculo, a fase ruim do desenvolvimento na Maçonaria Simbólica. A situação é agravada ainda mais pelos maçons “esquisotéricos”, que pregam o grau de Companheiro como um grau de indecisões e perigos, abusando da interpretação do número “2” para afirmar que o Grau 02 é arriscado, devendo os membros permanecerem o mínimo de tempo possível como Companheiros. Balela!
É no grau de Companheiro que o maçom realmente aprende a ciência maçônica, passando a trabalhar com novas ferramentas de trabalho. É nesse grau que o maçom desenvolve os cinco sentidos humanos em sua plenitude para, então, aprender a dominar as sete artes e ciências liberais: Gramática, Retórica, Lógica, Aritmética, Geometria, Astronomia e Música. É no grau de Companheiro que o maçom atravessa a escada de 15 degraus e tem acesso à Câmara do Meio.
Talvez, o que falta explicitar a muitos maçons seja algo muito simples, já presente na sabedoria popular: “o importante na vida não é o ponto de partida, nem a chegada, e sim a caminhada”. Em outras palavras, o importante na vida maçônica não é quando se ingressa na Maçonaria ou quando se alcança o grau de Mestre ou o grau 33o. Não são momentos específicos, marcos. O importante é aprender ao máximo em cada grau que se passa e viver a vida pelos preceitos maçônicos. Se não for para ser assim, não há o menor sentido em tudo que fazemos.

sábado, 18 de maio de 2013

PÁLIO


PÁLIO
Mestre de Cerimônias, 1º E 2º Diáconos

Ao iniciarmos nossos trabalhos sem dúvidas um dos momentos mais emocionantes é a abertura do livro da lei quando o mestre de cerimônias juntamente com os diáconos formam a proteção do Past-Master, o que veremos mais a frente. No entanto faz necessário decifrarmos quais personagens são representadas pelos oficiais Mestre de Cerimônia, 1º e 2º Diáconos.
Segundo a doutrina maçônica os diáconos tem, cada um, uma pomba como jóia significando suas qualidades de mensageiros, o primeiro se coloca perto e à direita do venerável, para pô-lo em comunicação com o primeiro vigilante, e o segundo, que se coloca perto e à direita  do primeiro vigilante, para transmitir suas ordens ao segundo vigilante e demais membros da oficina.
A palavra diácono origina-se do grego com o significado de servidor. Eles são os embaixadores, os arautos, os que conduzem a palavra sagrada e a de passe. Muitos autores comparam os diáconos a querubins o que ao meu ver não é correto afinal os querubins foram colocados sobre a arca da aliança, no propiciatório, foram colocados dois querubins, símbolo da vigilância e guarda.
O profeta Ezequiel descreve tais seres como sendo alados, de luminosidade intensa, com quatro faces de animais dotados de plenos poderes. Por comunicarem-se com os humanos os anjos dessa hierarquia fez com que, ao meu ver, fossem por alguns doutrinadores maçônicos personificados na figura dos diáconos.

Hermes/Mercúrio coordena a condução do corpo de Sarpedon, auxiliado por dois entes alados,
Hypnos    (Sono) e Thanatos (Morte). Vaso das coleções do Metropolitan, New York


Discordando de tal posicionamento, entendo que os diáconos, até por questão de origem do nome, se assemelham muito mais aos deuses gregos Hypnos e Tânathos, sono e morte respectivamente. Vejamos o porquê, Hermes (Mercúrio dos romanos) deus veloz e com acesso livre em todos os planos, material e imaterial, físico ou etéreo, era o mensageiro dos deuses era ele também o responsável por conduzir, todos aqueles desencarnados que eram trazidos por Tânathos, pelo rio do Ades, levando estes ao Mundo Inferior ou aos Campos Elíseos. Assim também podiam encontrar com Hermes aqueles que ao se entregarem a Hypnos, fossem de encontro a Morfeu para viajarem pelo mundo dos sonhos. 
Aprendemos que o Mestre de Cerimônia equipara-se a Mercúrio/Hermes, o mensageiro, que vai do oriente ao ocidente, do norte aos sul, do plano material ao plano espiritual; temos ainda que levar em consideração a forte influência greco-romana presente em nossos rituais, portanto ao procedermos um sincretismo, ao vermos Mercúrio/Hermes no Mestre de Cerimônias, é possível vermos Hypnos e Tânathos na figura dos Diáconos.
Diz uma velha frase militar “O sono é o prelúdio da morte”, ou seja, Hypnos caminha ao lado de Tânathos; o primeiro faz com que o ser liberte sua alma, mas lembrando que deverá retornar, o mundo dos sonhos nos leva ao plano espiritual, mas sempre temos de retornar ao corpo, somos uma pomba impedida de voar livre, nos lembra o 1º Diácono; o segundo, Tânathos, conduz a alma a liberdade do corpo físico, ao mundo espiritual sem o compromisso de retorno.
Hypnos vive no plano etéreo busca a cada noite as almas para um novo aprendizado, pra acostumarem-se a liberdade eterna que se aproxima a cada dia; por isso o 1º Diácono senta-se no Oriente, próximo à razão ao conhecimento a liberdade de transitar que é dada aos que ali tem acesso; Tânathos por sua vez transita no plano material, pois ali encontrará aqueles que deverão ganhar a liberdade eterna da alma, ali encontrará os que devem ser vigiados e ali irá velar para que todos se conservem com disciplina e ordem, pois somente assim conseguirão adquirir o conhecimento necessário para ganharem a liberdade sem sofrimento, fato esse que pode ser observado nas falas do 2º Diácono.
Dessa forma auxiliam Mercúrio/Hermes, o mensageiro, que transita incansavelmente por toda a Loja, por todo o Universo.
O PÁLIO

Dito. Vejamos agora a questão do Pálio. Trata-se do manto grego que os romanos adotaram, e que era usado pelos imperadores nas audiências públicas. Na Idade Média simbolizava a presença divina, colocados sobre as estátuas dos santos, nas fachadas e nos altares das igrejas medievais, ou ainda o sobrecéu portátil sustentado por varas usado nas procissões, para cobrir o sacerdote que leva o sacrário. Disse ainda das armações construídas sobre as camas dos reis franceses ou nos tronos construídos para Napoleão.
Usado nas cerimônias de coroação dos reis da Inglaterra. Em sua versão mais moderna são os chamados toldos de proteção construídos sobre as portas e janelas. De modo geral, é tudo o que oferece algum tipo de proteção às pessoas ou aos objetos.
Na Maçonaria dá-se o nome a cobertura formada pelos bastões dos Diáconos e do Mestre de Cerimônias sobre o Altar dos Juramentos nos momentos em que se abre e se fecha o Livro da Lei.
O triedro assim formado, com sua forma piramidal, é considerado um poderoso concentrador de energias cósmicas. Esta definição dada por Nicola Aslan e Rizzardo da Camino.
A formação do Pálio é original do Rito Adoniramita, no qual o Pálio é feito pelo cruzamento das espadas do M.’. Cerimônias e dos dois Diáconos.
Copiado do Rito Adoniramita, o Pálio foi introduzido no REAA, nas Lojas do GOB, onde os Diáconos e o M.’. de Cerimônias também portam espadas.
Algumas das Grandes Lojas, desde sua fundação pelo Supremo Conselho do REAA, continuaram a fazer o Pálio, agora com os Diáconos e o M.’. Cerimônias portando bastões.
Em 1999, o GOB excluiu dos rituais do REAA a formação do Pálio, uma vez que só o Mestre de Cerimônias acompanha o Irmão Orador na abertura e no fechamento do Livro da Lei. Em nome da pureza do REAA.
Os rituais do REAA da Grande Loja de Cuba, da Grande Loja de Oaxaca, no México, da Grande Loja Regular de Portugal não prevêem a formação do Pálio. O mesmo acontecia com a Grande Loja da Guanabara, sucessora da Grande Loja Symbólica do Rio de Janeiro e antecessora da GLMERJ.
Nas Grandes Lojas - ou pelo menos na GLMERJ - procurou-se também, por volta de 1986, corrigir esta prática, mas ao invés de se eliminar o cruzamento dos três bastões, eliminou-se apenas o cruzamento do bastão do Mestre de Cerimônias. O pior é que se continuou chamando de Pálio ao cruzamento dos dois bastões dos Diáconos.[1] Fato que podemos observar também no GOP.
O Templo Maçônico, em suas dimensões, sendo o comprimento três vezes maior do que a largura. O ponto de cruzamento das diagonais traçadas dos vértices opostos deste retângulo se encontra no “ponto geométrico conhecido”. Este ponto, encontra-se exatamente sobre o Altar dos Juramentos e sobre as três Luzes Simbólicas, o Livro da Lei, o Compasso e o Esquadro, sem os quais não pode uma Loja legitimamente funcionar. Por favor não confundam com as Luzes, referente V.˙.M.˙., 1º e 2º VVig.˙.
Este é o motivo porque não devemos utilizar nenhum tipo de pálio – ou abóbada – e, sim, devemos dar a devida importância à Lâmpada, o que infelizmente não é feito em nossos rituais. Ao formarmos o Pálio acabamos por ofuscar a presença da Divindade em nossos Templos, pois colocamos uma barreira entre sua luz e a quem esta deve se aspergir.
Incorreto também é o uso de lâmpadas incandescentes, deveríamos sim utilizar da lâmpada de pavio e velas de cera de abelha com pavios de ceda,  porém esse é assunto para tratarmos em outro trabalho.
Assim justifico meu estudo sobre o Pálio Maçônico, entendendo o porquê de algumas potências divergirem em alguns pontos de um mesmo rito.
Concluindo que independente de a Luz da Lâmpada irradiar-se diretamente sobre a cabeça do oficiante ao abrir e fechar o Livro da Lei, ou se o Pálio original, formado pelos Diáconos e pelo Mestre Cerimônias impede a ação direta dessa Luz, como afirmam alguns estudiosos, a minha verdade é que sem sombra de dúvidas executamos, ao abrir ou fechar os trabalhos de uma loja de maçons, um dos mais belos e importantes atos contidos no Rito Escocês Antigo e Aceito, motivo pelo qual devemos nesses momentos elevar nossos pensamentos e durante a abertura dos trabalhos rogar ao G.˙.A.˙.D.˙.U.˙. por, sabedoria, conhecimento, inteligência e discernimento, para sairmos dali melhores do que entramos; e ao final dos trabalhos devemos repetir tais atos mas simplesmente para agradecer e exaltar o Grande Geômetra, Arquiteto do Universo.
Rogo ao G.˙.A.˙.D.˙.U.˙. que a todos ilumine e guarde.
Fraternalmente:



EUCLIDES CACHIOLI DE LIMA
M.˙.M.˙.

       
BIBLIOGRAFIA

·        DA CAMINO. Rizzado, - Dicionário Maçônico – Madras Editora. São Paulo 2001.

·        FADISTA. Antonio Rocha, - www.formadoresdeopiniao.com.br

·        FIGUEIREDO. Joaquim Gervásio, - Dicionário de Maçonaria Seus Mistérios, seus ritos, sua filosofia, sua história. Editora Pensamento. São Paulo 2008.




[1] Antonio Rocha Fadista - www.formadoresdeopiniao.com.br

domingo, 5 de maio de 2013

BARÃO DE MAUÁ (Visconde de Mauá)




LABOR INPROBUS OMNIA VINCIT

Irineu Evangelista de Sousa, barão e visconde com grandeza de Mauá, (Arroio Grande28 de dezembro de 1813 – Petrópolis21 de outubro de 18891 ) foi um comerciantearmadorindustrial e banqueiro brasileiro. Ao longo de sua vida foi merecedor, por contribuição à industrialização do Brasil no período do Império (1822-1889), dos títulos nobiliárquicos primeiro de barão (1854) e depois de Visconde de Mauá (1874). Foi pioneiro em várias áreas da economia do Brasil.2Dentre as suas maiores realizações encontra-se a implantação da primeira fundição de ferro e estaleiro no país, a construção da primeira ferrovia brasileira, a estrada de ferro Mauá, no atual estado do Rio de Janeiro, o início da exploração do rio Amazonas e afluentes, bem como o Guaíba e afluentes, no Rio Grande do Sul, com barcos a vapor, a instalação da iluminação pública a gás na cidade do Rio de Janeiro, a criação do primeiro Banco do Brasil, e a instalação do cabo submarino telegráfico entre a América do Sul e a Europa.
Primeiro como barão, título recebido após construir a primeira estrada de ferro da América do Sul, e vinte anos depois, Visconde de Mauá, Irineu Evangelista de Sousa é o principal representante dos primórdios do capitalismo na América do Sul, ao incorporar e adotar, no Brasil, ainda no período do Império brasileiro(1822-1889), em suas empresas, os recursos e maquinários aplicados na Europa e nos Estados Unidos no período da Revolução Industrial do século XIX. É considerado, pelos registros históricos, como o primeiro grande industrial brasileiro. Foi um dos grandes opositores da escravatura e do tráfico de escravos, entendendo que somente a partir de um comércio livre e trabalhadores libertos e com rendimentos poderia o Brasil alcançar situação de prosperidade. Todavia, somente com a Lei Áurea, de 1888, foi abolida a escravatura no Brasil, assinada pela princesa regente Isabel.
Nascido em uma família de proprietários de pequena estância de criação de gado no Rio Grande do Sul, na fronteira com a República do Uruguai, Irineu Evangelista de Sousa ascendeu socialmente pelos seus próprios méritos, estudos e iniciativa, sendo considerado um dos empreendedores mais importantes do Brasil, no século XIX, estando à frente de grandes iniciativas e obras estruturadoras relacionadas ao progresso econômico no Segundo Reinado.1 De início incompreendido e contestado por uma sociedade rural e escravocrata, hoje é considerado o símbolo dos empreendedores capitalistas brasileiros do século XIX. Foi precursor, no Brasil, do liberalismo econômico, defensor da abolição da escravatura, da valorização da mão-de-obra e do investimento em tecnologia. No auge da sua carreira (1860), controlava dezessete empresas localizadas em seis países (BrasilUruguaiArgentina, InglaterraFrança e Estados Unidos). No balanço consolidado das suas empresas em 1867, os seus ativos foram estimados em 155 mil contos de réis (155 milhões de Libras Esterlinas), enquanto o orçamento do Império, no mesmo ano, contabilizava 97 mil contos de réis (97 milhões de Libras Esterlinas). Sua biografia ficou conhecida, principalmente, pela exposição de motivos que apresentou aos credores e ao público ao ter a falência do seu banco, a Casa Mauá & Cia., decretada em 1878.

Mauá era maçom atuante. Sua iniciação na Maçonaria e adoção dos postulados liberais defendidos por aquela Instituição, o levou a vários conflitos com os partidos conservadores e setores da igreja. Suas ideias políticas, que defendiam a instituição da república e a libertação dos escravos, sua posição contraria à Guerra do Paraguai, sua posição abolicionista (embora tivesse sido traficante de escravos)atraiu a antipatia da monarquia e dos monarquestas. Eleito deputado pela Província do Rio Grande do Sul em diversas legislaturas (1856-1860, 1861-1864, 1864-1866 e 1872-1875), renunciou ao mandato em 1873, pressionado pelos seus adversários políticos e pelos seus adversários no governo.           
A combinação das suas ideias e a instabilidade política da região platina, onde tinha seus maiores interesses financeiros fez dele o principal alvo das intrigas dos conservadores. Logo os seus inimigos no governo e fora dele passaram a sabotá-lo de todos os modos possíveis. Suas indústrias e companhias foram alvo de sabotagens criminosas e os seus interesses comerciais acabaram sendo grandemente prejudicados pela legislação que reduziu as taxas de importação sobre as importações de máquinas, ferramentas e ferragens (tarifa Silva Ferraz, 1860). Seu banco faliu em 1875.
Doente, minado pelo diabetes, teve que vender todos os seus bens para liquidar as dívidas. Viveu até o fim da vida como corretor de café. No entanto, sua visão empresarial, seu tino administrativo, sua coragem de empreendedor fizeram dele o maior e mais famoso empresário do país. Por sua criatividade, intuição, coragem e capacidade de empreender, o Barão de Mauá pode ser elencado entre os grandes maiores arquétipos visionários e serve de inspiração para todos aqueles que amam o progresso e o desenmvolvimento.
(Por: João Anatalino – Em: http://www.recantodasletras.com.br  - Código do texto: T2625133  - Acesso em: 04MAI13 às 15h12min)

CRONOLOGIA

1813 (28 de dezembro): Nasce Irineu Evangelista de Sousa, na localidade de Arroio Grande, distrito de Jaguarão, no Rio Grande do Sul, fronteira com o Uruguai.
·        1819: O pai, João Evangelista de Ávila e Sousa, estancieiro e criador de gado, é assassinado por ladrões de gado.
·        1820: Irineu é alfabetizado pela própria mãe, Mariana de Jesus Batista de Carvalho, de quem recebe os primeiros ensinamentos de português e matemática.
·        1821: A mãe e viúva, Mariana de Jesus Batista de Carvalho, vem a se casar com João Jesus e Silva, que não deseja relação com os filhos do casamento anterior, e Irineu é entregue à guarda do tio Manoel José de Carvalho.
·        1822: Após o casamento da mãe, Irineu, aos 9 anos, parte em viagem com outro tio, José Batista de Carvalho, capitão de navio, para o Rio de Janeiro.
·        1824: Trabalha como caixeiro na loja de tecidos do comerciante português Antônio Pereira de Almeida.
·        1828: Promovido a guarda-livros, aos 15 anos, na casa comercial de Antônio Pereira de Almeida.
·        1829: Com a falência de Antônio Pereira de Almeida, Irineu é admitido na empresa importadora do comerciante escocês Richard Carruthers.
·        1836: Torna-se gerente da casa comercial Carruthers & Cia.
·        1837: Com o retorno de Richard Carruthers à Inglaterra, Irineu permanece à frente do negócio como sócio.
·        1839: A irmã de Irineu, Guilhermina, domiciliada no Rio Grande do Sul, vem para o Rio de Janeiro para morar com ele, trazendo sua filha e sobrinha de Irineu, Maria Joaquina de Sousa, a "May";
·        1840: Irineu realiza a primeira viagem à Inglaterra a negócios, onde conhece a nova realidade do capitalista e as invenções daRevolução Industrial.
·        1841: Irineu casa com sua sobrinha, Maria Joaquina, "May", com quem tem dezoito filhos, ao longo de quarenta anos, dos quais onze nascem com vida .
·        1844: Entra em vigor a Lei Alves Branco, que aumentou os impostos de importação sobre produtos estrangeiros, criando dificuldades para as empresas importadoras, como era a Carruthers & Cia. .
·        1845: Irineu liquida os negócios da Carruthers & Cia.
·        1846: Iniciou o Estabelecimento de Fundição e Estaleiros Ponta da Areia, para atuar na indústria pesada, fundição, estaleiro e caldeiraria, considerada a maior e mais importante indústria do Brasil em todo o período do Império.
·        1849–1850: Com embarcações construídas na Ponta da Areia, iniciou a Companhia de Rebocadores Barra do Rio Grande.
·        1850: Promoveu o encanamento das águas do rio Maracanã, na cidade do Rio de Janeiro, fornecendo os encanamentos para esse fim.
·        1851: Fundou a Companhia de Iluminação a Gás do Rio de Janeiro, cujo controle deteve até 1855. Organizou o segundo Banco do Brasil.
·        1852: Fundou as Companhia de Navegação a Vapor do Amazonas (baseado num contrato de concessão de direitos de exploração por trinta anos), a Companhia Fluminense de Transportes e a Companhia de Estrada de Ferro de Petrópolis (a primeira ferrovia do país, que vai do Porto Estrela, em Guia de Pacobaíba, no município de Magé, até Petropólis).
·        1853: É um dos principais investidores nas estradas de ferro de Pernambuco (Recife & São Francisco Railway Co.) e da Bahia(Bahia & São Francisco Co.).
·        1854 (25 de março): Acenderam-se os primeiros lampiões a gás na cidade do Rio de Janeiro.
·        1854 (30 de abril): Na presença do imperador Pedro II do Brasil e de autoridades, inaugurou o primeiro trecho (14 km) da Estrada de Ferro de Petrópolis, entre o porto de Mauá, na baía de Guanabara, e a estação de Fragoso, na raiz da serra da Estrela (Petrópolis), na então Província do Rio de Janeiro. Na mesma data, recebeu do imperador o título de Barão de Mauá.1
·        1855–1856: Exerceu o cargo de Suplente de Deputado. No período, criou uma colônia agrícola para trabalhadores na então Província do Amazonas e iniciou as conversações com investidores para a construção de uma ferrovia de Santos a Jundiaí, na então Província de São Paulo.
·        1855: (30 de abril) Juntamente com 182 investidores formou a Mauá, MacGregor & Cia, Instituição Financeira, que contou com filiais em várias capitais brasileiras e em LondresParisNova IorqueBuenos Aires e Montevidéu.
·        1856: Investiu no Caminho de Ferro da Tijuca, empresa que veio a falir em 1868.
·        1857: Eleito deputado. As instalações da Ponta da Areia são destruídas por um incêndio criminoso.
·        1858: Inauguração da Estrada de Ferro Dom Pedro II (depois Estrada de Ferro Central do Brasil).
·        1860 (3 de dezembro): Tarifa Silva Ferraz que reduziu as taxas de importação sobre as importações de máquinas, ferramentas e ferragens, no Brasil.
·        1861 (6 de maio): Adquiriu as fazendas Caguassu e Capuava, ao Capitão João José Barbosa Ortiz e suas irmãs Escolástica Joaquina e Catharina Maria, por 22.500 contos de réis. As propriedades, na região de Pilar, freguesia de São Bernardo, estendiam-se de Santo André até Rio Grande da Serra. A sede da fazenda foi demolida em 1974, para a construção do viaduto Juscelino Kubitschek de Oliveira.
·        1862: Obteve a concessão para a exploração do transporte urbano por bondes na cidade do Rio de Janeiro, organizando aCompanhia do Caminho de Carris de Ferro do Jardim Botânico. Os direitos dessa empresa foram transferidos para uma companhia de capital norte-americano, a "Botanical Garden's Railroad" (1866), que inaugurou a primeira linha entre o Jardim Botânico e Botafogo (1868).
·        1863: Vendeu as suas ações da São Paulo Railway (depois Estrada de Ferro Santos-Jundiaí).
·        1867 (1 de janeiro): Funda o banco Mauá & Cia. que sucedeu a Mauá, MacGregor & Cia.
·        1867 (4 de abril): Inauguração da Estrada de Ferro Santos-Jundiaí. Início do processo de falência de Mauá.
·        1871: Investiu na Estrada de Ferro do Paraná.
·        1872: Iniciou novas colônias agrícolas na Província do Rio de Janeiro. Inauguração do cabo telegráfico submarino.
·        1874: Organizou a Companhia de Abastecimento de Água do Rio de Janeiro, que operou até 1877.
·        1874 (26 de junho): Recebe do Imperador Dom Pedro II o título de Visconde, com grandeza, de Mauá.1
·        1875: Requer, perante o Tribunal de Comércio do Império, moratória aos credores por três anos.
·        1877: Encerra as atividades da Fundição e Estaleiro da Ponta da Areia.
·        1878: Publica o artigo O meio circulante do Brasil. Encerra das atividades do Banco Mauá.
·        1879: Elabora e publica o livro Exposição aos credores e ao público, explicando as razões da moratória e das suas dificuldades financeiras, que levaram as suas principais empresas à falência, estando incluída nessa obra a sua autobiografia.
·        1882: Os trilhos da Estrada de Ferro de Petrópolis chegam até a cidade de Petrópolis.
·        1883: Viaja para Londres, tentando encontrar solução para a sua situação financeira.
·        1884 (26 de novembro): Aos 70 anos de idade, após ter liquidado as dívidas com os seus credores, recebeu carta de reabilitação de comerciante, e passa a exercer a atividade de corretor de mercadorias, especialmente na área do café, mudando-se para Petrópolis.
·        1889 (21 de outubro): Falece em Petrópolis,já em situação financeira estável, na então Província do Rio de Janeiro, às vésperas da Proclamação da República.


Irineu Evangelista de Sousa já foi retratado como personagem no cinema e na televisão brasileiras, interpretado por Paulo Betti e Jorge Neves no filme "Mauá - O Imperador e o Rei" (1999) e Gracindo Júnior na minissérie "Chiquinha Gonzaga" (2002).

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Irineu_Evangelista_de_Sousa Acesso em: 04MAI13 15h08min

sábado, 4 de maio de 2013

VALE APENA SER MAÇOM?!


Vale a pena ser maçom! É muito bom ser Maçom! Desde que não seja apenas um “sócio” e que a ela não se tenha entrado com intenções de proveito próprio...

A Maçonaria oferece momentos de raro prazer aos seus membros. Fazer parte do quadro de uma Loja é integrar e interagir no seu dia-a-dia com outros membros. Vale a pena ser Maçom pelo fato de alargar-se o círculo de amizades... passamos a ser considerados iguais por pessoas que, se não fôssemos Maçons, nunca com elas manteríamos contato.
Não se pretenda ver a Maçonaria como um clube de serviços ou uma sociedade de assistência mútua ou destinada a prestação de serviços comunitários. Podemos dizer que “Ela” faz tudo isso e muito mais, mas não com finalidade específica... é meio e não fim.
As trocas de favores existentes entre Maçons, não são obrigatórias ou próprias dos Maçons. Em qualquer coletividade constata-se a troca de favores entre os seus componentes.
O Maçom por juramento deve prestar, sempre que preciso, ajuda aos seus Irmãos. Entretanto, não está obrigado a levar tal obrigação às raias do sacrifício pessoal. Principalmente quando os pedidos contrariam as leis, e até mesmo os princípios morais e esses, com veemência, são repelidos, haja visto que nenhum Maçom é permitido agir contrariamente à moral e aos bons costumes. Em princípio, tudo aquilo que se exige ao ingresso em qualquer outra instituição: respeito aos seus estatutos, regulamentos e acatamento às resoluções da maioria, tomadas de acordo com os princípios que as regem; amor à Pátria, respeito aos governos legalmente constituídos, acatamento às leis do país em que se vive, etc.. e, em particular: à guarda do sigilo dos rituais maçônicos; a dedicação de parte de seu tempo para assistir as reuniões maçônicas; a prática da moral, da igualdade e da solidariedade humana, da justiça em toda a sua plenitude. Objetivando-se ampla base de entendimento entre os homens com a finalidade de evitar que sejam divididos por pequenas questões da vida civil, é considerado ato contrário ao direito, dentro da instituição, as discussões partidárias de política e religião.
Em que pese a banalização da Ordem, criada por uma vocação prejudicial de se primar pela “quantidade” e não pela “qualidade”, ainda assim, nas peneiras sucessivas pelas quais passam os maçons em sua trajetória dentro da Ordem, ficam retidos alguns Irmãos que são, na verdade, a grande estrutura de sustentação da Instituição. Este processo de transformação não ocorre de forma isolada e nem tão pouco instantaneamente, mas de forma gradativa, perceptiva, a partir da assinatura do requerimento e culminando com o ingresso na Ordem Maçônica.
Vale a pena ser maçom! É muito bom ser Maçom! Desde que não seja apenas um “sócio” e que a ela não se tenha entrado com intenções de proveito próprio.

Ir.`. Evandro Azevedo Buruty 

(Extraído do “O UNIFICADOR”, fevereiro de 2011)
Em: http://www.comunidademaconica.com.br  acesso: 04MAI13 20h52min

quinta-feira, 2 de maio de 2013

UNIÃO, AMOR e INDEPENDÊNCIA - UAI



Segundo a professora Dorália Galesso, foi o presidente Juscelino Kubitschek que a incentivou a lhe pesquisar a origem. Depois de exaustiva busca nos anais da Arquidiocese de Diamantina e em antigos arquivos do Estado de Minas Gerais, Dorália encontrou explicação.
Os Inconfidentes Mineiros, patriotas, mas considerados subversivos pela Coroa Portuguesa, comunicavam-se através de senhas, para se protegerem da polícia lusitana. Como conspiravam em porões e sendo quase todos de origem maçônica, recebiam os companheiros com as três batidas clássicas da Maçonaria nas portas dos esconderijos.
Lá de dentro, perguntavam: Quem é? E os de fora respondiam: UAI – as iniciais de UNIÃO, AMOR e INDEPENDÊNCIA. Só mediante o uso dessa senha a porta seria aberta aos visitantes.
Conjurada à revolta, sobrou a senha, que acabou virando costume entre as gentes das Alterosas. Os mineiros assumiram a simpática palavrinha e, a partir de então, a incorporaram ao vocabulário.

Fonte: Jornal Correio Brasiliense.


quarta-feira, 1 de maio de 2013

Primeiridade, Secundidade, Terceiridade

A Semiótica (do grego sēmeiōtikos - literalmente, "a ótica dos sinais"), é a ciência que estuda os fenômenos culturais como se fossem sistemas de significação. Este termo é derivado da palavra grega “sēmeion”, que significa "signo". John Locke usou os termos "semeiotike" e "semeiotics" no livro 4, capítulo 21 do Ensaio acerca do Entendimento Humano (1690).
Importante notar que o interesse pela ciência dos signos surgiu, de forma independente, na Europa e nos Estados Unidos. Mais frequentemente, costuma-se chamar "Semiótica" à ciência geral dos signos nascidas do americano Charles Sanders Peirce e "Semiologia" à vertente europeia do mesmo estudo, as quais tinham metodologia e enfoques diferenciados entre si. Neste ponto de nosso caminhar, vemos a Ordem utilizando-se desta ciência para reforçar conceitos e definições importantíssimos ao progresso do Iniciado, resgatando o simbolismo já apresentado anteriormente, agregando a ele a conotação prática útil na preparação do estudioso rumo a sua elevação.
Mais complexa que a vertente europeia, em seus princípios básicos, a vertente americana (peirciana) considera o signo em três dimensões. Ocupa-se do estudo do processo de significação ou representação, na natureza e na cultura, do conceito ou da ideia.
A semiótica tem a sua origem na mesma época que a filosofia e disciplinas afeitas. Da Grécia até os nossos dias desenvolve-se continuamente. Porém, há cerca de dois ou três séculos, é que se começaram a manifestar aqueles que seriam apelidados pais da semiótica. Os problemas concernentes à semiologia e à semiótica, assim, podem retroceder a pensadores como Platão e Santo Agostinho, por exemplo.
No estudo geral dos signos desenvolvido por Charles Sanders Peirce (vertente americana, 1839-1914), o Homem significa tudo que o cerca numa concepção triádica (primeiridade, secundidade e terceiridade), e é nestes pilares que toda a sua teoria se baseia. É por este viés que apresentaremos a análise dos conceitos (e de sua importância) no esclarecimento do por que definições já passadas nas primeiras instruções, são resgatadas aos aprendizes na reta final do primeiro grau.
Primeiridade - a qualidade da consciência imediata é uma impressão (sentimento) in totum, invisível, não analisável, frágil. Tudo que está imediatamente presente à consciência de alguém é tudo aquilo que está na sua mente no instante presente. O sentimento como qualidade é, portanto, aquilo que dá sabor, tom, matiz à nossa consciência imediata, aquilo que se oculta ao nosso pensamento. A qualidade da consciência, na sua imediaticidade, é tão tenra que mal podemos tocá-la sem estragá-la. Primeiridade é a compreensão superficial de um signo. S.˙. T.˙. e P.˙. são um bom exemplo de primeiridade aplicada ao trabalho de desbaste da P.˙. B.˙. na vida do A.˙. M.˙.. Apesar de se tratar de fortes recursos de identificação, são perfeitamente compreensíveis em sua expressão latu-sensu, e cumprem sua função per si, sem a necessidade de abstrações ou debruçamento por parte dos que os utilizam para que tenham o efeito pretendido. Não há de fato o quê compreender, mas somente o quê observar.
Secundidade - na arena da existência cotidiana, estamos continuamente esbarrando em fatos que nos são "externos", tropeçando em obstáculos, coisas reais, factivas que não cedem ao sabor de nossas fantasias. O simples fato de estarmos vivos, existindo, significa que estamos reagindo em relação ao mundo. Existir é sentir a ação de fatos externos resistindo à nossa vontade. Existir é estar numa relação, ter um lugar nas determinações do universo, resistir e reagir, ocupar um tempo e espaço particulares. Onde quer que haja um fenômeno, há uma qualidade, isto é, sua primeiridade. Mas a qualidade é apenas uma parte do fenômeno, visto que, para existir, a qualidade tem que estar encarnada numa matéria. O fato de existir (secundidade) está nessa corporificação material. Assim sendo, Secundidade é quando o sujeito lê o signo com compreensão e profundidade de seu conteúdo. A palavra chave deste conceito é ocorrência, o conceito em ação. Podemos ver a ideia de compreensão de significado de forma latente no discurso dos vigilantes quando se referem aos artefatos de trabalho, agregando definições morais ao objeto em si, levando o Ap.˙. a resgatar o ensino recebido previamente a respeito de sua significação (Avental - trabalho, Esquadro - retidão, Compasso – justa medida, Nível e Prumo – igualdade e justiça, Maço – inteligência, Cinzel – razão, Pavimento Mosaico - fraternidade). Ademais, ao repetir este ensino, os fazem com que o neófito se lembre de suas responsabilidades mais básicas, entre as quais a de ser, naturalmente, um cidadão diferenciado principalmente por suas virtudes morais (signo + significado).
Terceiridade - corresponde à camada de "inteligibilidade", ou pensamento em signos, através da qual representamos e interpretamos o mundo. Por exemplo: os pilares, simples e positivos pilares, são “o primeiro”. Os pilares, como representação das LL.˙. da L.˙., aqui e agora, onde se encarnam os pilares são “o segundo”. A síntese intelectual, elaboração cognitiva – os pilares da Sabedoria, Força e Beleza -, são “o terceiro”. A terceiridade vai além deste espectro de estrutura verbal da oração. Ou seja, o indivíduo conecta sua experiência de vida à frase meramente dita, fornece um contexto pessoal ao discurso. Sucintamente, podemos dizer que terceiridade está ligada a nossa capacidade de previsão de futuras ocorrências da secundidade, já que não só conhecemos o acontecimento na medida de possibilidade natural, como já o vimos em ação, e como tal, já nos é intrínseco. Outro exemplo de momento onde a ideia de terceiridade aparece na instrução é quando o A.˙. é provocado a perceber que os sustentáculos da abóbada celeste que cobre a L.˙., simbolizados por doze “lindas colunas zodiacais” as quais em algumas culturas definem, entre outras coisas, as características da personalidade do ser humano, remontam à Universalidade da M.˙., que aceita o desafio de orientar o aperfeiçoamento de todo homem livre e de bons costumes, independente de suas características aparentemente inatas (signos do zodíaco).
 Finalmente, o V.˙.M.˙. transmite aquela que é talvez a grande mensagem do primeiro Grau. As bases e os fundamentos da caminhada do M.˙. são lançados aos iniciados e delas eles não devem se apartar jamais. Tudo que se pode fazer deve ser feito, e bem feito, porque somente cheios do vigor e da energia do novo irmão é que poderemos, repetidas vezes, descobrir a P.˙. B.˙., desbasta-la e poli-la, ajusta-la ao edifício, e imediatamente partir para a busca de uma próxima, perseguindo o alvo de concluir a importante obra de construção social para a qual fomos recrutados. O resultado final é o que importa. Agindo assim, quando passarmos pelo trolhamento, responderemos com convicção a que viemos: levantar TT.˙. à Virt.˙., cav.˙. masm.˙. aos VVíc.˙., incessantemente do meio dia a meia noite, vencendo as paixões, submetendo as vontades, progredindo sempre.

Colaboração do Ir.'. Rodrigo C.G. - autor do Blog Schola Moralis