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CAVALEIROS - alusão aos Templários, às Cruzadas e à Távola Redonda. HERMON - o termo remete-nos ao Monte Hermon, em cujo topo se forma a neblina que se condensa em forma de garoa, o orvalho consagrado pelo Salmo 133. Essa precipitação "tolda parcialmente o sol escaldante do sul do Líbano, e umedece seu solo, transformando-o numa das regiões mais férteis e amenas do Oriente Médio."

Nós Cavaleiros do Hermon, na constante busca para tornar feliz a humanidade, sob a égide do Grande Arquiteto do Universo, que é Deus, nos reunimos às sextas-feiras a partir das 20h00 , na Avenida Pompéia, 1402 - Templo Ir.'. Willian Bucheb - São Paulo - SP.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

O SIMBOLISMO NA MAÇONARIA DE 1822


Imagem extraída de: naterradospapagaios.blogspot.com
 
 
Cansados e saturados por dois séculos de guerras político-religiosas, desiludidos das religiões, ditas reveladas, que as tinham provocado, produzindo um verdadeiro caos nos costumes morais e religiosos do povo inglês, os Maçons Especulativos, surgidos em princípios do século XVIII, voltaram as vistas para o simbolismo das religiões da antiguidade, tentando redescobrir os Símbolos do passado e o seu conteúdo doutrinário e iniciático, deturpado, desfigurado e velado pela ignorância eclesiástica medieval e pelos sofismas dos doutores escolásticos.

Em consequência dos estudos empreendidos pelos estudiosos, formou-se a Simbólica Maçônica. Nela são compreendidos Símbolos das mais variadas origens e procedências, que podem ser divididos em cinco classes principais:

 

a) Símbolos místicos e religiosos tradicionais: o Tau (símbolo do poder); o Círculo com um ponto central (Sol); o Selo de Salomão ou Escudo de Davi (criação, Deus, perfeição); o Triângulo, o Delta Luminoso, os Três Pontos (sempre evocando a ideia de Deus) etc.

b) Símbolos tirados da arte da construção: Símbolos da profissão dos Maçons Operativos: o Compasso (medida na pesquisa); o Esquadro (retidão na ação); o Malho (vontade na aplicação); o Cinzel (discernimento na investigação); a Perpendicular (profundeza na observação); o Nível (emprego correto dos conhecimentos); a Régua (precisão na execução); a Alavanca (poder da vontade); a Trolha (benevolência para com todos); e o Avental (símbolo do trabalho constante) etc.

c) Símbolos herméticos e alquímicos: o Sol e a Lua; as Colunas B e J; os três princípios da Grande Obra: Enxofre, Mercúrio e Sal; e os quatro elementos herméticos: Ar, Água, Terra e Fogo; o Vitriol etc.

d) Símbolos possuindo um significado particular: a Romã (simbolizando os Maçons unidos entre si por um ideal comum); a Cadeia de União (a união fraternal que liga por uma cadeia indissolúvel) todos os Maçons do globo, sem distinção de seitas e condições); a Estrela Flamejante (a iluminação); a Letra G (conhecimento); o Ramo de Acácia (imortalidade e inocência); o Pelicano (amor e abnegação) etc.

e) Outros Símbolos tradicionais: pitagóricos (números); cabalísticos (sefirot); geométricos, religiosos, e todos aqueles que se prestaram a um significado maçônico.

De acordo com os seus pontos de vista particulares, estes Símbolos são vistos pelos Maçons, seja como elementos de Iniciação, com significados esotéricos, seja como fórmulas morais, comportando significados educativos. De qualquer maneira, as ideias representadas por estes Símbolos devem ser admitidas por todos os Membros da fraternidade maçônica, sem o que não podem ser considerados verdadeiros Maçons. O Nível, por exemplo, representa também a ideia de igualdade, obrigatória entre os Maçons. O Esquadro é o emblema da retidão e do direito, princípios que devem ser obrigatoriamente respeitados por todos os Maçons. O Malhete é o símbolo da autoridade do Venerável e personifica a disciplina nos trabalhos que todo Maçom é obrigado a admitir. E, além de representarem fórmulas ou ideias morais, os Símbolos são uma espécie de linguagem que une os Maçons entre si por serem a expressão de ideias comuns a todos eles.

 

É este o sistema adotado pela Maçonaria, diz Mackey, para desenvolver e inculcar as grandes verdades religiosas e filosóficas, de que foi, por muitos anos, a única conservadora. E é por essa razão, como já observei, que qualquer investigação dentro do caráter simbólico da Maçonaria deve ser precedida por uma investigação da natureza do simbolismo em geral, se quisermos apreciar, convenientemente o seu uso particular na organização maçônica.

Em sua “Encyclopedia of Freemasonry”, o sábio Albert Galatin Mackey prefere ir mais longe:

“A Maçonaria é um sistema de moralidade desenvolvido e inculcado pela ciência do simbolismo. Este caráter peculiar de instituição simbólica e também a adoção deste método genuíno de instrução pelo simbolismo, emprestam à Maçonaria a incolumidade de sua identidade e é também a causa dela diferir de qualquer outra associação inventada pelo engenho humano. É o que lhe confere a forma atrativa que lhe tem assegurado sempre a fidelidade de seus discípulos e a sua própria perpetuidade.“

De fato, a Maçonaria adotou o método de instrução, ela não o inventou.

A simbologia é a ciência mais antiga do mundo e o método de instrução dos homens primitivos. É graças a ela que tomamos conhecimento hoje, da sabedoria dos povos antigos e dos filósofos. O acervo religioso, cultural e folclórico da humanidade está preservado através do simbolismo, desde a pré-história.

O princípio do pensamento simbólico está fincado em uma época anterior à história, nos fins do período paleolítico. Os mestres da humanidade primitiva, podem ser facilmente localizados, através de estudos sobre gravações epigráficas.

A Maçonaria é a legítima herdeira espiritual das sociedades iniciáticas da antiguidade, porque perpetua o tradicional método de instrução, no ensinamento de suas doutrinas.

Em 02 de agosto de 1822 é Iniciado D. Pedro I, o Imperador do Brasil e seu segundo Grão-Mestre.


FONTE: MS MAÇOM

BRESLAUER, A. F., The Master’s Handbook. 10a edição. Grand Lodge F&AM of California, 1984.
BULLOCK, S. C., Revolutionary Brotherhood: Freemasonry and the Transformation of the American Social Order, 1730–1840, Chapel Hill, 1996.
CARR, Harry. Samuel Prichard’s Masonry Dissected. 1730. Reedição. Bloomington, Ill.: Masonic Book Clube, 1977.
CASTELLANI, J. Do Pó dos Arquivos. Londrina: Editora A Trolha, 1996.
CASTELLANI, J. Os Maçons e a Independência do Brasil. Londrina: Editora A Trolha, 1993.
CASTELLANI, José. A Ação Secreta da Maçonaria na Política Mundial. São Paulo: Ed. Landmark, 2007.
CASTELLANI, José. Fragmentos da Pedra Bruta. Londrina: Editora A Trolha, 2003
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