Imagem extraída de: br.123rf.com
Ir.˙. Rodrigo Giaffredo
M.˙.M.˙. A.˙.R.˙.L.˙.S.˙. Cavaleiros do Hermon 335
Forward thinker, evangelist of Design Thinking, Storytelling, Agile Practices, and all that cool stuff that makes work a nice thing to do - made in Brazil
Twitter: @rgiaffredo
Forward thinker, evangelist of Design Thinking, Storytelling, Agile Practices, and all that cool stuff that makes work a nice thing to do - made in Brazil
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Facebook: rodrigo.giaffredo
Sou storyteller gente, não tem jeito...
Por isso,
novamente vou contar uma história pra vocês, só que dessa
vez pra gente ver como a perspectiva influencia nossa capacidade de sermos
empáticos.
Diz a lenda que um camarada naufragou nas águas turbulentas de um determinado mar, e um par de horas depois de perder a embarcação, foi parar numa ilhota que tinha tudo que ele precisava pra se sentir seguro, tipo frutas, verduras, peixe na praia rasa, palha pra fazer um puxadinho, umas entranhas na rocha pra se esconder, poucos e pacatos bichinhos, enfim, dava pra ficar de boas.
Diz a lenda que um camarada naufragou nas águas turbulentas de um determinado mar, e um par de horas depois de perder a embarcação, foi parar numa ilhota que tinha tudo que ele precisava pra se sentir seguro, tipo frutas, verduras, peixe na praia rasa, palha pra fazer um puxadinho, umas entranhas na rocha pra se esconder, poucos e pacatos bichinhos, enfim, dava pra ficar de boas.
Só que entrou ano, saiu ano,
entrou ano, saiu ano… caraca! Cinco anos, e nada de passar um barco nem de
longe, nenhumzinho mesmo, nada.
Nas mesmas bandas, e mais ou
menos na mesma época, outro camarada naufragou também, só que ele tinha um
botezinho de reserva pra emergências, e depois de naufragar e boiar um poucão
no mar, ele avistou de longe o mini barco e caiu pra dentro assim que as ondas
baixaram. De um jeito ou de outro, deu pra se virar por um tempão, colhendo
água da chuva, nadando pra esticar o esqueleto e não enferrujar, pegando uns
peixes aqui e ali pra se alimentar.
Só que entrou ano, saiu ano,
entrou ano, saiu ano… caraca! Cinco anos, e nada de avistar terra, nada, nem um
banco de areia, uma ilhota, nada nada nada mesmo, nada.
Depois desse tempo todo, por
desejo das marés, o barquinho começou a ir na direção da ilhota, daí de repente
um caboclinho viu o outro. Caraca, imediatamente o cara do barquinho gritou
“TERRAAAAAAA”, tão alto que chamou atenção do cara da ilhota, que imediatamente
após ver o barquinho gritou “BARCOOOOOO”!
Que sinistro isso… ce vê como
tudo é uma questão de perspectiva? Quer dizer, parece que a solução em geral tá
mais perto do próprio problema do que a gente imagina, mas no fim o que virou
um problema pra mim, pode ser a saída pra você, e vice-versa. E é sobre essa
pegadinha que eu quero falar.
Antes de afirmar
categoricamente assim “nossa, é isso aí, esse negócio que a gente bolou tá
muito bom”, faz a pergunta “tá, parece bom, mas bom pra quem?”
E aqui entra a empatia: a gente é desafiado o tempo todo a “desapegar” durante exercícios de processo criativo, tipo Design Thinking. Principalmente se a gente mesmo faz parte do cenário atual de horror. A gente tende a se colocar de forma defensiva, na nossa zona de conforto, e esquece de analisar as coisas na visão de quem vai consumir aquilo que queremos melhorar. Ou seja, a gente coloca a nossa experiência por cima da experiência daquele que a gente quer beneficiar.
E aqui entra a empatia: a gente é desafiado o tempo todo a “desapegar” durante exercícios de processo criativo, tipo Design Thinking. Principalmente se a gente mesmo faz parte do cenário atual de horror. A gente tende a se colocar de forma defensiva, na nossa zona de conforto, e esquece de analisar as coisas na visão de quem vai consumir aquilo que queremos melhorar. Ou seja, a gente coloca a nossa experiência por cima da experiência daquele que a gente quer beneficiar.
Por isso eu acho tão
importante investir tempo e energia pra entrar na chamada “zona de
desconforto”, seja ela “entrar no barco” ou “pular pra ilhota”. Desapega, let
it go, desencana, baixa a guarda, sai do canto, pula fora, deixa disso, e se
põe no lugar do outro.
Bora tentar?
Bora tentar?
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