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OS ENSINAMENTOS MAÇÔNICOS
Os ensinamentos maçônicos devem ser
amplamente difundidos entre todos os Maçons e sua metodologia deve ser
explicada previamente aos que pretendem ingressar na Ordem Maçônica. Os Mestres deverão estar preparados para a
missão devendo expô-la quando da visita de avaliação prévia do pretendente.
Esta informação possibilitará ao pretendente saber antecipadamente o que a
Ordem poderá lhe oferecer, possibilitando-lhe analisar se realmente a
metodologia e o direcionamento dos ensinamentos maçônicos são os que buscam
para a sua evolução pessoal. O
pretendente ao ingresso na Ordem deve estar convicto de que vai participar de
uma sociedade voltada ao aprimoramento individual e que os demais participantes
tem a mesma preocupação, o que não os inibe, ao contrário, prepara-os às
atividades coletivas. O desconhecimento desse fundamental objetivo dos
ensinamentos maçônicos poderá levar o pretendente, após o seu ingresso, ao
defrontar-se com posturas pessoais discordantes das suas ou desiludir-se com o
que pensou ser a Ordem, desligar-se intempestivamente.
Os ensinamentos maçônicos devem ser
transmitidos com a constância e repetições necessárias para o seu perfeito
entendimento.
Características
dos ensinamentos maçônicos:
– Exclusivamente individual;
– Repetitivo e paulatino;
mostra o caminho, mas não exige a caminhada.
– O maçom é um
voluntário;
Os ensinamentos maçônicos devem
ser constantes, paulatinos e repetitivos para que sejam sempre oferecidos
aos recém-admitidos. Os maçons de antigamente não eram letrados e os
procedimentos litúrgicos eram memorizados. As funções dos administradores e dos
auxiliares eram sempre repetidas no inicio de cada reunião para conhecimento de
todos e para a sua preservação. Com o advento dos rituais escritos, este
procedimento passou a fazer parte integrante das reuniões, o que perdura até os
dias de hoje.
Os ensinamentos maçônicos também
estão fundamentados nas práticas cristãs, mas não tem a mesma metodologia de
ensino adotado pelas associações cristãs de evangelização. Os ensinamentos
maçônicos são voltados ao indivíduo, oferecendo a cada um a oportunidade de
evolução pessoal. As associações religiosas evangelizadoras procuram maximizar
as suas atividades, priorizando a divulgação dos seus ensinamentos através das
pregações em massa. São metodologias de características diferentes e, se não
entendidas cada uma no seu contexto, podem tornar-se conflitantes no íntimo de
cada estudioso, mesmo ambas tendo o mesmo objetivo: a felicidade do homem.
Evangelização é a pregação do
Cristão (a mensagem cristã) e, por extensão, qualquer forma de pregação e
proselitismo, com fins de adquirir adeptos, produzir conversão ou mudanças de
hábitos, crenças e valores. No cristianismo, a evangelização é o sistema,
baseado em princípios e métodos apresentados no Novo Testamento, pelo qual se
comunica o Evangelho (Boa Nova) Cristo a (todo) pecador sob a liderança e poder
Espírito Santo. Afirma o apóstolo Paulo: “Como crerão em Jesus se ninguém lhes
anuncia?” (Rom. 10,14). Está em Atos dos Apóstolos, capítulo 14 14:21: “Depois
de pregar a Boa Nova ali, e de fazer muitos discípulos, eles voltaram a…”
O processo de evangelização cristã
sempre teve como foco “o outro”. Os costumes, a moral e os valores sociais da
sociedade ocidental atual são decorrentes dessa forma de pregação. No ocidente,
quase a totalidade dos jovens tiveram a sua formação com base na metodologia
evangélica das pregações nas escolas paroquiais levando-os a analisar todos os
acontecimentos dentro dessa metodologia, onde se avalia o que pode ser
corrigido na atitude dos outros antes de avaliar o que pode ser corrigido em
si.
Assim formados desde a infância,
não raro passam a avaliar mais como os outros estão agindo do que a suas próprias ações. Na análise de suas
convicções e interesses, surgem julgamentos e conselhos para corrigir as
atitudes dos outros, conselhos que nem sempre são seguidos por quem
aconselha. Na máxima cristã “Ama o próximo como a ti mesmo” não está
implícito que o “próximo” tenha que ser “como ti” para ser amado. A
fraternidade, o principal ensinamento do Mestre Jesus, resumida na máxima:
“Amai-vos uns aos outros”, nem sempre é priorizada nas atitudes. Por formação
filosófica, a sociedade ocidental é mais preocupada em oferecer aos outros a
oportunidade de corrigir-se do que em corrigir a si própria.
A evangelização e os ensinamentos
maçônicos não são conflitantes. A metodologia dos ensinamentos maçônicos é
voltada ao aperfeiçoamento do indivíduo, trazendo a tona as suas qualidades
latentes e aumentando a sua autoestima, tornando-o consciente da sua capacidade
de amar o “próximo” como o “próximo é” e de, pela evangelização, levar-lhe a
crença cristã.
O conteúdo dos ensinamentos
maçônicos permite-nos afirmar que a Maçonaria é uma
escola de aperfeiçoamento exclusivamente individual. Este é o
principal fundamento dos ensinamentos maçônicos.
No Grau de Aprendiz, que é o
primeiro contato da Ordem com o recém-admitido, é apresentada toda a essência
dos ensinamentos maçônicos.
Todos os autores maçônicos
referem-se ao simbolismo da “pedra bruta” que deve ser desbastada e preparada
para sua utilização na construção de uma sociedade mais justa, mais igualitária
e mais fraterna. É comum ouvir do Maçom a expressão: “Estou trabalhando a minha
“pedra bruta”, quando se refere aos seus estudos e práticas maçônicas. Dito
dessa forma poderá dar margem ao entendimento de tratar-se de dois personagens
distintos; o Aprendiz e a “pedra bruta”. Este entendimento é divergente do
ensinamento maçônico, pois o Aprendiz é a “pedra bruta”. O Aprendiz é o objeto
a ser desbastado.
A direção que se deve
dar ao cinzel é a si.
Em nenhum momento, nos rituais
maçônicos, há indicação que o cinzel deva ser voltado aos outros. Em si as
pancadas no cinzel são dadas de acordo a sua sensibilidade; se nos outros, o
agente não colocará no maço o mesmo peso que coloca quando desbasta a si mesmo,
certamente seria mais pesado. Não é atitude maçônica direcionar o cinzel para
corrigir imperfeições alheias.
Para a Maçonaria são escolhidos os
“bons” nas mais diversas atividades humanas oferecendo-lhes a oportunidade de
tornarem-se “melhores”
Há diferença entre o aprendiz de
pedreiro (maçom) operativo (que trabalhava nas atividades de construção) e o
Aprendiz Maçom. Este não tem necessariamente atividade nas construções. A
representação do aprendiz de pedreiro operativo é um jovem trabalhando para
desbastar uma pedra bruta. Já, as esculturas e os desenhos clássicos
representando um aprendiz das escolas de mistérios sempre mostram a figura de
um homem esculpindo a si mesmo.
O Aprendiz Maçom, para esculpir a
escultura do homem que deseja ser, terá que utilizar a matéria prima que
recebeu por desígnio da Providência, potencializar os recursos disponíveis na
Natureza e trabalhar com a Vontade representada pelo “maço e o cinzel”
utilizados para aparar a arestas que escondem no interior de seu ser o homem
perfeito ali contido.
Na Maçonaria, esta confusão entre o
aprendiz operativo e o aprendiz admitido por processo de Iniciação pode ser
observada em trechos das cerimônias de recepção do candidato. Em alguns rituais
maçônicos, o Iniciando à Ordem, ao ser levado para executar a sua primeira
lição no desbaste da “pedra bruta”, é orientado para dirigir corte do cinzel à
pedra disforme que faz parte da decoração templo, em vez de direcioná-lo a si.
Este procedimento poderá induzi-lo,
desde o seu primeiro aprendizado, a intuir que seu trabalho é desbastar o que
vê a sua frente (o outro) e não o que está em si. Tendo a pedra bruta do templo
como uma representação simbólica de seu estado naquele momento, o Iniciando
deveria direcionar o cinzel sobre si e então trabalhar com o maço. A pedra
bruta que se encontra na decoração do templo, bem como a pedra polida e
prancheta, são as joias fixas que devem estar presentes para o funcionamento da
Loja.
Um Maçom é um Obreiro da Arte Real
que está concluindo a Obra projetada pelo Grande Arquiteto do Universo, que é
Deus. Essa obra é “ele”. Trata-se de uma transformação individual, resultado do
seu esforço e da sua vontade pessoal. Esta obra só estará concluída quando ele
transformar-se de “pedra bruta” em “pedra polida” e como tal for reconhecido
pelos “outros” (os Irmãos, a sociedade, etc..). Não
é ele que se avalia como pronto. São os outros que como tal o avaliam.
As ferramentas simbólicas maçônicas são instrumentos de uso específico para o
desenvolvimento pessoal. Dependendo de como cada Obreiro preparou-se e de
acordo com o seu ajuste às necessidades dos projetos da comunidade, será
reconhecido pelos outros como adequado àquele projeto. São os outros que
avaliarão se a “pedra” poderá ser utilizada ou não nas obras a serem
realizadas.
A “pedra” só estará pronta quando
não houver necessidade do mínimo ajuste nas pedras vizinhas para o seu perfeito
ajuste.
Se houver necessidade de interferir
no polimento e características das outras contíguas para o seu ajuste, ela não
está pronta. Permanecerá ao lado até que o trabalho de escultura seja refeito
de modo que se ajuste às outras pedras, sem que estas precisem de reparos. Se o
desbaste está incompleto, é apenas uma pedra no meio do caminho dos que
precisarão fazer manobras para evitar que as suas asperezas e seus desajustes
possam ameaçar o resultado da obra desejada. A “pedra” ainda bruta certamente
ficara em um canto qualquer da sociedade, causando-lhe instabilidade e
desarmonia.
O maçom não
propõe que os outros mudem para que ele seja feliz, procura mudar o possível em
si para que todos sejam felizes. Esta é a essência do ensinamento maçônico.
Está subentendido nos ensinamentos
maçônicos a máxima: “O que eu devo mudar em mim para que ele (o próximo) seja
feliz”, independente de se o outro é bom ou mau; réu ou julgador. Ser viciado
ou virtuoso é uma escolha pessoal de cada um, que ao Maçom não compete julgar
ou tomar atitudes para obrigá-lo a proceder de acordo com os valores, sempre
pessoais, que crê serem os corretos. Pela lei da “causa e efeito” cada um é
responsável por suas ações e pensamentos.
Maçonicamente cada um é responsável
pessoal e único pela sua evolução. Os ensinamentos maçônicos oferecerão a
oportunidade de correção. Quando concluída será reconhecida como tal pelos
outros. Nesta ideia está embutido o conceito de amor universal. O amor fraterno
dará aos seus Irmãos maçons a tolerância para aceitarem as tentativas de uma
“pedra” ainda bruta para ajustar-se à obra, orientando-a se assim ela desejar,
para o seu perfeito desbaste e ajuste. Se as imperfeições permanecerem, a
“pedra” não será utilizada, mas sempre lhe será fraternalmente oferecida nova
oportunidade de reajuste.
A não ser quando em cumprimento de
atividade e funções especificamente instituídas na legislação da Ordem ou da
comunidade que pertence, o Maçom não julga e não critica posturas pessoais de
outrem. Se solicitado, fará ponderações sobre o solicitante, jamais sobre
terceiros. Não é uma atitude maçônica interferir na postura pessoal dos outros,
achando que estes devem ou não fazer isto ou aquilo. A cada um cabe reconhecer
os que estão em condições de compartilhar projetos comuns e convidá-los.
O Maçom deve formar-se para depois
colocar-se ao serviço da comunidade. Aprender e praticar. O desconhecimento dos
ensinamentos maçônicos dificulta o relacionamento dos maçons entre si e dos
maçons com a Ordem. Quanto menor é o preparo
individual, maior será a dificuldade na participação das atividades da Ordem e
mesmo fora dela.
Cada Maçom tem a sua
individualidade respeitada: sua cultura, seus pontos de vista políticos, suas
convicções religiosas e suas características psíquicas. Todo maçom é um homem
livre, ciente da capacidade de realizações, um cidadão bem sucedido e
respeitado por suas atividades profissionais e sociais que o levam a ser
convidado a ingressar na Ordem.
O
maçom é um voluntário.
Não é obrigado a fazer qualquer
coisa que seja. Ingressou na Ordem por livre vontade
e com isso assumiu uma responsabilidade
financeira como em qualquer organização, sendo livre para sair a qualquer
momento; até que caracterize abandono, frequenta a Loja com a assiduidade
que deseja; estuda se quiser; atinge os graus mais elevados se assim o desejar;
ocupa cargos que aceitou por que quis: é eleito por que se candidatou; pode
mudar de Loja se assim julgar conveniente; nem as contribuições para
benemerência são obrigatórias se não aprovadas em assembléias de que participa.
Centralizados no aperfeiçoamento
individual, os ensinamentos maçônicos preparam o estudante para o convívio
entre diferentes num conjunto harmônico; prepara para a tolerância com os
contrários; para o respeito pelas convicções individuais e para a convivência
entre atitudes divergentes.
Desbastado de suas imperfeições, o
Maçom está pronto para servir à sua comunidade, oferecendo-se quando
solicitado ou apresentando sugestões para as mudanças que julgar necessárias para
o bem estar e a harmonia da Ordem e ou da comunidade. Como sugestões são
opiniões pessoais devem ser tratadas como tal. Se traduzirem as aspirações
dos envolvidos, a concretização terá o consenso espontâneo da maioria dos
indivíduos e aquele que a propôs certamente será convocado para liderar a sua
implantação.
Não é fácil o comando onde os
comandados são voluntários e não há recompensa financeira pelo trabalho
realizado. O sucesso da empreitada está associado à capacidade de conseguir
motivar a maioria para acompanhá-lo. Para a administração de uma sociedade
constituída por voluntários há necessidade de lideranças que aglutinem as
ansiedades e administrem as diversidades individuais, dirigindo suas energias
ao trabalho comum.
A principal característica do líder
de voluntários é fazer o que o grupo quer.
Nas sociedades constituídas por
voluntários, são os operosos que a fazem atingir os seus objetivos. São raros
os casos das organizações que conseguem uma participação efetiva da maioria de
seus membros. Geralmente os resultados obtidos são decorrentes de atividades
isoladas de membros dedicados. São sempre os mesmos que participam de quase
todas as atividades. A comunidade está habituada a conviver e a reconhecer a
dedicação daqueles que sempre participam.
É próprio da tradição maçônica o
reconhecimento pelos Irmãos. Este é o salário do Obreiro da Arte Real: o
reconhecimento. Não há outro salário na Maçonaria. Para o Maçom é gratificante
a satisfação da missão cumprida e de ser reconhecido por isso.
Cada um dos Membros reconhece o
novo integrante que ingressa na ordem. A Ordem reconhece o trabalho do Maçom
que por isso, quando chega a Mestre, recebe um diploma e uma medalha. Não foi
sem méritos. O novo Mestre pode não ter tido uma brilhante história, mas
atingiu o que desejava. Todos os Maçons sabem quais os que se dedicam e
frequentemente os elogiam. É o reconhecimento dos membros de suas Lojas ou de
outras a que serviu. Esta é a recompensa que o Obreiro leva de retorno ao seu
lar, com uma alegria nem sempre entendida e participada pelos seus familiares.
Quando o trabalho do Maçom
extrapola os limites da sua Loja é reconhecido pelos Grandes Orientes com a
concessão de diploma ou medalha, como se, na entrega, em nome de todos seus
membros aquele Grande Oriente afirmasse: “Como um Maçom operoso os Maçons deste
Grande Oriente o reconhecem”.
É próprio do ser humano
desejar ser reconhecido pelos seus feitos. O clube social
reconhece seu membro pelos muitos anos de apoio e trabalho com a entrega do
diploma de Sócio Emérito; o Poder Municipal, em nome de todos os munícipes que
o reconhecem como um cidadão participante e premia-o com a entrega do Diploma
de Cidadania. Em cada diploma, medalha ou troféu maçônicos recebidos está
presente a máxima maçônica: “o reconhecimento de meus Irmãos”.
A falta de divulgação dos feitos
que justificassem a homenagem pode gerar uma interpretação duvidosa sobre o seu
merecimento. Não há casos da entrega de diploma e medalhas aos que nada fazem.
A Maçonaria é uma sociedade justa cuja assembléia é sábia. Os maçons homenageados
devem ostentar com altivez as suas medalhas para que os Aprendizes, os
Companheiros e os novos Mestres o tenham como exemplo, solicitando-lhe contar a
história do conjunto de suas obras, que somado as de outros Maçons
“medalhados”, constituem a historia da Maçonaria.
A Maçonaria é o conjunto das ações
de seus membros. É o somatório do que cada um dos seus membros é sem
representá-los individualmente.
Os Maçons que receberam distinções
e homenagens compreenderam o verdadeiro significado dos ensinamentos maçônicos
e aplicaram-nos e por isso foram reconhecidos como tal. Há aqueles que criticam
os que ostentam nas Lojas as suas muitas medalhas afirmando ironicamente: “eles
andam arcados com o peso das medalhas”. Mas, vejamos: os condecorados por seu trabalho
voluntário e dedicado têm como alternativa ostentar ou não as medalhas por
merecido recebidas.
O pretendente a maçom é conhecido
antes de ser convidado a participar da Ordem. A sua admissão é o reconhecimento
pelos membros, da sua postura moral, da sua vontade de aperfeiçoamento pessoal
e da sua capacidade econômica e financeira para sobreviver. Um conhecido jargão
afirma: “Para a Maçonaria são escolhidos os “bons” nas mais diversas atividades
humanas oferecendo-lhes a oportunidade de tornarem-se “melhores”.
Ao Companheiro Maçom, conhecedor de
todas as ferramentas simbólicas, compete usá-las para construir.
Nos rituais maçônicos não há
indicação de que as ferramentas simbólicas devam ser utilizadas para destruir.
Se um projeto não atende aspiração pessoal de algum Membro, não quer dizer que
não deva ser executado. Se há quem queira realizá-lo e que encontra quem queira
auxiliá-lo, certamente o projeto atenderá aspirações de seus executantes. Neste
caso, quem não concorda com o projeto, não deve atrapalhar ou impedir a sua
execução, respeitando a diversidade e a individualidade das opiniões. Compete à assembléia da Loja a decisão final dos assuntos
conflitantes, geralmente resolvidos com justiça, dentro da maior
harmonia possível,
O Mestre é o conhecedor dos ensinamentos maçônicos e está apto a ensiná-los. O Mestre é o Companheiro que recebeu um diploma de professor, sendo-lhe transmitidas as Lendas Maçônicas que, como parábolas, serão o instrumento didático adotado para a difusão dos ensinamentos.
O Mestre é o conhecedor dos ensinamentos maçônicos e está apto a ensiná-los. O Mestre é o Companheiro que recebeu um diploma de professor, sendo-lhe transmitidas as Lendas Maçônicas que, como parábolas, serão o instrumento didático adotado para a difusão dos ensinamentos.
A máxima de São Francisco de Assis
“é dando que se recebe” representa a essência da responsabilidade do Mestre. O
ensinamento esotérico contido nesta máxima refere-se à Dualidade. Tudo o que
entra deverá sair para abrir espaço para novas entradas. A capacidade de
aprender é aumentada quando é ensinado o que se sabe. Só é “retido” o que é
“doado”. O conhecimento fixa-se quando é ensinado. Tudo o que se lê nem sempre
é retido na memória, mas uma vez ensinado, jamais será esquecido. Patrick Byrne,
em seu livro “O Ouro dos Templários” (Editorial Estampa – Lisboa-2007-pg. 257),
cita o ditado que capta a essência do conceito cabalístico: “Quando alguém se
deixa penetrar pela luz, mas não a liberta, cria-se uma sombra”.
Recebendo sem distinções os intelectuais,
cientistas, religiosos, livres pensadores, inventores e operários, jovens e
idosos, para um convívio comum, a Maçonaria tornou-se a depositária de todo
conhecimento científico e oculto produzido pelas civilizações em todos os
tempos. Instituição de caráter universal, seu Quadro é composto por
profissionais de todas as áreas da atividade humana, que colocam os seus
conhecimentos à disposição da Humanidade. Esse conhecimento pode ser encontrado
nas atividades das Lojas, seja apresentado individualmente por seus membros ou
contido no simbolismo e alegorias de seus Graus e Ordens. Compete ao maçom
desvendá-los e praticá-los em benefício de sua evolução pessoal e da
Humanidade.
Autor:
Ir∴
Edison Barsanti, 33º • M∴I∴
- GOB.
Extraído da
publicação original disponível em: http://www.revistauniversomaconico.com.br/tempo-de-estudos/os-ensinamentos-maconicos/
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