IRM.’. JOSÉ MARIA DA SILVA PARANHOS JUNIOR (BARÃO DO RIO BRANCO) - Em 1845 (20 de abril), nasceu no Rio de Janeiro, o filho do ilustre Maçom José Maria da Silva Paranhos, Visconde do Rio Branco (1819 – 1880). - Em 1869 foi eleito deputado por Mato Grosso, representando aquela província por duas legislaturas, até 1875. - Em 1870 seu pai, o Visconde do Rio Branco, é eleito Grão Mestre do Grande Oriente do Brasil, cargo que ocupou durante 10 anos, até a sua morte em 1º de novembro de 1880. - Em 1872 (3 de fevereiro) foi iniciado na Maçonaria, na Loja Estrela do Norte, Rio de Janeiro, no Rito Escocês Antigo e Aceito. - Em 1873 foi eleito Venerável Mestre da Loja Estrela do Norte, colou o Grau 18 e ocupou, cumulativamente, o cargo de Orador na Loja Capitular. Neste ano, retornou ao jornalismo, primeiro como redator, mais tarde como diretor, ao lado de Gusmão Lobo, no periódico A Nação, de propriedade do Padre João Manuel. Mais hábil com a pena do que com as palavras, destacou-se no jornalismo como paladino da luta pela emancipação dos escravos, secundando com grande eficiência a ação de seu pai, e debatendo questões de política internacional, especialmente a de limites territoriais. - Em 1874 (1º de julho) colou o Grau 31. - Em 1875 foi reeleito Venerável Mestre da Loja Estrela do Norte. Desiludido com a política, ingressou na carreira diplomática, que de há muito o seduzia. - Em 1876 (17 de junho), no Grau 33, recebeu o título de filiando livre do quadro da Loja Estrela do Norte. Abandonou o jornalismo para assumir o cargo de Cônsul-Geral em Liverpool, graças ao empenho do Irm.’. Duque de Caxias e apesar da oposição de D. Pedro II, que desejava que continuasse na carreira política. - Em 1880 (1º de novembro) morre no Rio de Janeiro seu pai, o Visconde do Rio Branco. - Em 1884 foi Delegado do Brasil à Exposição de São Petersburgo. Depois, fez parte do Conselho privado do Imperador D. Pedro II. - Em 1888 (3 de maio) recebeu o título de Barão do Rio Branco, por seus serviços prestados ao Império. - Em 1889 com a Proclamação da República pelo Irm.’. Deodoro da Fonseca passou por uma fase de retração e esquecimento. - Em 1893 foi nomeado Enviado Extraordinário e Ministro Plenipotenciário do Brasil junto ao Governo dos Estados Unidos da América pelo presidente Irm.’. Floriano Peixoto, a fim de tratar da delicada questão que envolvia o Território das Missões, reclamado também pela Argentina. Apresentou a defesa em 1894, em 6 volumes, decisiva para que o Presidente Grover Cleveland, árbitro internacional da pendência, reconhecesse, em 5 de fevereiro de 1895, já no governo do presidente Irm.’. Prudente de Morais, os direitos do Brasil sobre a região, uma área de mais de 30.000 km2, consagrando sua capacidade de trabalho, sua competência histórico-geográfica e sua erudição. - Em 1898 idêntica missão lhe foi confiada pelo presidente Irm.’. Campos Sales junto ao presidente Hauser, da Suíça, juiz na questão de limites entre o Brasil e a Guiana Francesa, que, graças às suas ponderações e réplicas aos argumentos franceses, decidiu em favor do Brasil em 1º de dezembro de 1900. - Em 1902 foi nomeado Ministro do Brasil em Berlim e posteriormente convidado pelo Presidente Rodrigues Alves para assumir o Ministério das Relações Exteriores, onde permaneceria durante dez anos, até a sua morte. Como Chanceler, orientou a política externa do Brasil durante os governos dos presidentes Rodrigues Alves, Irm.’. Afonso Pena, Irm.’. Nilo Peçanha e Irm.’. Hermes da Fonseca, emprestando ao Itamaraty um relevo incomum e o reconhecimento internacional até os dias atuais. - Em 1903 prestou mais um relevante serviço ao país, com o Tratado de Petrópolis, firmado em 17 de novembro, pelo qual a Bolívia cedeu o Acre Boliviano ao Brasil, em troca de pequena área do estado do Mato Grosso, o compromisso da construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré e mais uma compensação de 2 milhões de libras esterlinas. - Em 1908 resolveu as questões diplomáticas com o Uruguai através do Tratado de Condomínio da Lagoa Mirim e do Rio Jaguarão. - Em 1909 resolveu em definitivo a questão do Acre junto ao governo do Peru, que reivindicava parte do território, com o Tratado de Limites firmado em 8 de setembro. - Em 1912 (10 fevereiro) faleceu no Rio de Janeiro, antes de completar 67 anos, exercendo o cargo de Ministro das Relações Exteriores. - Foi um estudioso invulgar da história do Brasil, especialmente da militar e da que trata das questões de limites. Em 1945, quando do centenário de seu nascimento, o Ministério das Relações Exteriores publicou suas Obras Completas. - Foi presidente perpétuo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e membro da Academia Brasileira de Letras (cadeira No. 40). - Considerado a figura-símbolo da diplomacia brasileira, além de emprestar seu nome ao órgão do Ministério das Relações Exteriores responsável pela formação dos jovens diplomatas, o Instituto Rio Branco, o próprio Itamaraty é geralmente conhecido como a Casa de Rio Branco. - A capital do estado do Acre, inicialmente denominada Penápolis em homenagem ao Presidente Afonso Pena, teve seu nome alterado para Rio Branco em 1912, em louvor à sua fecunda ação diplomática, que resultou na cessão do território ao Brasil pela Bolívia e pelo Peru e incorporando ao território brasileiro uma área de mais de 150.000 km2 . - O Barão do Rio Branco é o Patrono da cadeira nº 26 da Academia Maçônica de Artes, Ciências e Letras do Estado do Rio de Janeiro, ocupada pelo acadêmico Irm.’. Almir Sant’Anna Cruz
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