A romanzeira ou pé de romã, em hebraico Rimmôn, é uma
pequena árvore, ou até um arbusto pertencente à família "Punica
Granatum" – nome latino – e no vernáculo mais purista, diz-se Romãzeira.
No sul da Espanha existe uma linda cidade, que foi a capital dos reinos de
Castela e Aragão, conquistada aos árabes em 1492 pelos reis católicos, chamada
romã = Granada.
Cresce silvestre no Oriente Médio e principalmente na
Palestina, onde existem três cidades com o nome desse fruto, Rimon, Gate Rimon
e En-Rimon. Da Palestina, através da Diáspora, foi levada a todo o mundo,
inclusive, depois dos descobrimentos, ao Novo Mundo e posteriormente à
Austrália e Nova Zelândia.
Considerando-se a origem da Romã como sendo
hebraica, nada melhor, para uma compreensão inicial, que recorrermos às
Sagradas Escrituras. O Velho Testamento refere a Romã, ONZE vezes, enquanto o
Novo Testamento, a omite totalmente. Por ordem cronológica, transcrevemos as
passagens alusivas a esse fruto:
1) "Farás, também a sobrepeliz da
estola sacerdotal toda de estofo azul. No meio dela haverá uma abertura para a
cabeça; será debruada essa abertura, como a abertura de uma saia de malha, para
que não se rompa. Em toda a orla da sobrepeliz farás romãs de estofo azul,
púrpura e carmesim; e campainhas de ouro no meio delas. Haverá em toda a orla
da sobrepeliz uma campainha de ouro e uma romã, outra campainha de ouro e outra
romã. Esta sobrepeliz estará sobre Aarão quando praticar o seu ministério, para
que se ouça o seu sonido, quando entrar no santuário diante do Senhor, e quando
sair, e isso para que não morra." (Êxodo 28-31.35.)
2) "Depois vieram até o vale de Escol,
por causa do cacho de uvas, o qual o trouxeram dois homens numa vara, como
também romãs e figos." (Números 13:23)
3) "E porque nos fizeste subir do
Egito, para nos trazer a este mau lugar, que não é de cereais, nem de figos,
nem de vides, nem de romãs, nem de água para beber?" (Números 20:5)
4)"Fez também romãs em duas fileiras
por cima de uma das obras de rede para cobrir o capitel no alto da coluna; o
mesmo fez com o outro capitel. Os capitéis que estavam no alto das colunas eram
de obra de lírios, como na Sala do Trono, e de quatro côvados. Perto do bojo,
próximo à obra de rede, os capitéis que estavam no alto das duas colunas tinham
duzentas romãs, dispostas em fileiras em redor, sobre um e outro capitel."
(II Reis 7:18-20)
5) "Há quatrocentas romãs para as duas
redes, isto é, duas fileiras de romãs para cada rede, para cobrirem os dois
globos dos capitéis que estavam no alto da coluna." (II Crônicas 4:13)
6) "Os teus lábios são como um fio de
escarlate, e tua boca é formosa; as tuas faces, como romã partida, brilham
através de véu." (Cantares 4:3)
7) "Os teus renovos são um pomar de
romãs, com frutos excelentes." (Cantares 4:13)
8) "Desci ao jardim das nogueiras, para
mirar as renovos do vale, para ver se brotavam as vides e se floresciam as
romãzeiras." (Cantares 6:11)]
10) "Sobre ele havia um capitel de
bronze; a altura de cada um era de cinco côvados; a obra de rede e as romãs
sobre o capitel ao redor eram de bronze. Semelhante a esta era a outra coluna
com as romãs. Havia noventa e seis romãs aos lados; as romãs todas, sobre a
obra de rede ao redor, eram cem." (Jeremias 52:22-23)
11) "Saul se encontrava na extremidade
de Gibeá, debaixo da romãzeira em Migron; e o povo que estava com ele era de
cerca de seiscentos homens." (I Samuel 14:2)
Desconhece-se a origem das cidades acima referidas, mas tudo
leva a crer, que os seus nomes derivaram do grande número de Romãzeiras
existentes. Alguns autores dão a Romãzeira como originária do Egito onde era
conhecida pelo nome de "Anhmen"; fazem, outrossim, certa ligação
entre a "Romã" e o nome de "Amon Ra". Prosseguem dizendo
não caber dúvida que foi no Egito que o fruto constituía um símbolo sagrado,
pois os Sacerdotes egípcios, usavam a romã nos atos litúrgicos iniciáticos.
Para os romanos, a sua origem está no norte da África. O seu nome latino –
Punica Granatum – sugere a sua origem na cidade de Cartago. Na realidade, esta
cidade foi fundada pelos fenícios da cidade de Tiro, que foi fundada pelos
sidônios, da cidade de Sidon. Estas cidades situam-se ao norte da Palestina, no
atual Líbano.
Platão teria afirmado que dez mil anos antes de Menés já
existia a cerimônia que incluía a Romã como fruto, com a sua rubra flor.
Somente os sacerdotes de Amon Ra tinham o privilégio de cultivar a Romãzeira.
As Romãs, consideradas como oferendas sagradas, eram colocadas sobre os túmulos
dos Faraós.
Encontram-se referências a respeito junto ao sacerdote
Egípcio de Heliópolis, de nome Manthonm, em sua história dos reis, escrita em
grego, 300 anos antes de Cristo. Sobre os Altares dos deuses Horus, Set, Isis e
Osiris, este o deus supremo e juiz do além vida, protetor da morte, eram
colocadas as mais exuberantes Romãs, como símbolo dos iniciados nos supremos
mistérios. Essas oferendas aumentavam de número consoante a categoria do
iniciado ou a importância do cargo, como os grandes hierofantes de Amon Ra e de
Osiris, que além dessas ofertas serem colocadas em seus túmulos, eram também
plantadas nos parques funerários, um número determinado e simbólico de
Romãzeiras.
O número variava entre três, cinco e sete, de conformidade
com a hierarquia. O rei Thotmesis – Tutmós - da XVIII dinastia, morto no ano 59
a .C. teve plantadas em seu parque funerário, cinco Romãs. Um hábito curioso
diz respeito às pessoas que tinham débitos com o falecido. Estas dívidas eram
pagas com Romãs, depositadas sobre o seu túmulo. Esse fruto simbolizava a vida
e a união geográfica do Egito, compreendido assim o Alto Egito, o Meio Egito e
o Baixo Egito, que representavam os três "ninhos interiores" ou a
câmara baixa; os cinco "ninhos superiores" ou câmara alta, dos deuses
Osiris, o juiz supremo da outra vida, Set, deus das trevas, que matou a Osiris
e Horus, que vingou a Osíris, casado com Isis, além da deusa Nefritis ou Isis
irmã de Osiris.
No antigo Egito o mês tinha três semanas de dez dias cada
uma, e o ano doze meses ou seja, 360 dias aos quais, para corrigir a anomalia
astronômica, foram acrescentados cinco dias que eram os correspondentes aos
aniversários dos deuses Osiris, Horus, Set, Isis e Nefritis. Esses cinco dias
acrescidos eram considerados de maus augúrios, e para aplacar o azar, eram
oferecidas Romãs colocadas nos altares. Paralelamente, semeavam no parque
funerário, três Romãs, simbolizando as três o Egito e mais cinco em honra aos
cinco deuses patronos dos cinco últimos dias, e mais sete, em homenagem às sete
trajetórias que as almas deviam percorrer para purificar-se. Essa origem da
Romã no Egito conflita com as sagradas escrituras.
Na oportunidade em que Jacó saiu de Israel em direção ao
Egito, para fugir da fome que assolava a sua região, levou consigo mudas de
videira, de romãzeira, figueiras e demais árvores frutíferas, plantando-as e
cultivando-as. Na volta para Canaã, quando os hebreus chefiados por Moisés
foram inspecionar a terra prometida, trouxeram de lá, frutos excepcionais,
descritos como gigantescos, eis que para carregar um cacho de uvas, foram
precisos dois homens, pendurado o cacho numa vara; junto, trouxeram figos e
romãs; podemos imaginar, se comparados com o enorme cacho de uvas, o tamanho
dos figos e das romãs! Sem dúvida a origem da Romãzeira, é da Palestina.
Para os Assírios, a romã simbolizava a vida e os primeiros
frutos da colheita eram entregues ao sacerdote que extraía o seu suco para que
o Rei o oferecesse ao ídolo. Os frutos mais formosos que simbolizavam o
prolongamento da vida eram preservados para o templo; a Romãzeira era
considerada como o pai da vida; com a madeira da árvore, eram confeccionados
amuletos. Os fenícios, tinham a Romã, também, como frutos sagrados, bem como os
Cartagineses e os Romanos, que os reproduziam nos capitéis de suas colunas e os
colocavam nas tumbas dos sacerdotes e dos reis. Para os gregos a Romã era
sagrada e eles a denominavam de Roidion, e a Romãzeira de Roía; os frutos eram
oferecidos à deusa da sabedoria, protetora da cidade de Atenas. Para os
iniciados nos mistérios de Eleusis, Dodone, Delfos, Megara e outros, a Romã
simbolizava a fecundidade e a vida.
Se a Romã era usada como símbolo de vida, a concepção
hebraica a reforça, considerando a propagação da espécie como o elemento mais
relevante da vida. A Romã é de difícil uso como alimento, porque a separação
dos grãos, firmemente inseridos em sua polpa, exige certa habilidade; mas, o
seu suco, obtido com o esmagamento das suas sementes, que na realidade se
constituem cada uma em um fruto separado, é de fácil obtenção. Obtido o suco,
de certa forma abundante, fermentado esse, produz-se um vinho de sabor suave e
delicado que, talvez para o paladar do ocidental, possa parecer estranho.
Quando de nossa estada em Israel, justamente, em Canaã,
adquiri no comércio, uma garrafa de vinho de romã; gelado, nos pareceu de
agradável paladar. Retornados ao Brasil, procuramos obter certa quantidade de
romãs retirando-lhes os grãos que esmagamos, coamos o suco, acrescentamos um
pouco de açúcar e deixamos fermentar. O vinho obtido tinha o mesmo paladar
daquele que adquirimos em Israel. Efetivamente, depois de degustá-lo em
pequenas doses, decorrido algum tempo, notamos o seu efeito energético; preferimos
denominá-lo assim, de afrodisíaco. O relato contém além das insinuações,
simbolismos profundos relacionados com os costumes hebreus. A análise
meticulosa desvenda preciosas lições.
Por quê Salomão valorizava tanto a romã e o seu vinho? Além
do atributo afrodisíaco que os comerciantes dão ao vinho da Romãzeira, o relato
de Cantares é claro. O rei Salomão reinou sobre Israel durante quarenta anos,
portanto, não se o pode julgar uma pessoa já idosa, mas no vigor da idade. O
relato inserido em I Reis 11 nos dá:
"Ora além da filha do faraó, amou
Salomão, muitas mulheres estrangeiras; moabitas, amonitas, edomitas, sidônias e
hetéias, mulheres das nações de que havia o Senhor dito aos filhos de Israel:
não caseis com elas, nem casem elas convosco, pois vos perverteriam o coração,
para seguirdes os seus deuses. A estas se apegou Salomão pelo amor. Tinha
setecentas mulheres, princesas, e trezentas concubinas. Sendo já velho, suas
mulheres lhe perverteram o coração para seguir outros deuses; e o seu coração
não era de todo para com o Senhor seu Deus, como fora o de Davi, seu pai."
Apesar do texto bíblico denominá-lo de "velho", um
homem para contentar a mil mulheres, mesmo com higidez excepcional, deveria
valer-se de algum produto afrodisíaco, que não era outro senão o vinho da romã.
Isto justifica o seu uso, a ponto de fazer da Romã um símbolo sexual conjugado
com os lírios, símbolo da excelência feminina. Colocadas as Romãs e os Lírios,
nos capitéis das Colunas do Templo, quis Salomão render destaque à sua condição
de rei poderoso em todos os sentidos. Poder-se-ia, contudo, questionar sobre
esse evento: mas quando Salomão tinha mil mulheres o Templo já estava
construído como as duas respectivas colunas. No entanto, já naquele momento,
Salomão possuía mulheres em grande número e é de se supor que a ingestão do
vinho afrodisíaco já era um hábito e uma necessidade. Não se conhece a idade
exata de Salomão.
No livro I Crônicas, 29:1 lemos: "Disse mais o rei Davi
a toda a congregação; Salomão meu filho, o único a quem Deus escolheu, é ainda
moço e inexperiente, e esta obra é grande; porque o palácio não é para homens,
mas para o Senhor Deus." E no livro I Reis, 3:7 lemos: "Agora, pois,
ó Senhor meu Deus, tu fizestes reinar a teu servo em lugar de Davi meu pai; não
passo de uma criança, não sei como conduzir-me".
Quando Davi ordenou o censo, excluiu os que tinham a idade
de menos de 20 anos. Poderíamos, calcular, a grosso modo, que Salomão
sentira-se criança, talvez por não ter atingido a idade de vinte anos. Portanto,
se Salomão reinara durante quarenta anos, e assumira o reinado aos vinte anos,
ao morrer, teria sessenta anos, idade que não podemos aceitar como de pessoa já
velha. Porém, se Salomão se considerou criança, poderia, perfeitamente, ter
apenas quatorze ou treze anos de idade, e então ao morrer teria cinquenta e
três a cinquenta e quatro anos! Mas, se com essa idade iniciou a construção do
Templo, como justificar a presença das Romãs e dos Lírios? Talvez uma
manifestação profética, uma vez que esses adornos foram determinados por Davi
que os recebera do Senhor. Davi, por sua vez, tivera um grande número de
mulheres e concubinas, e o uso do vinho afrodisíaco, poderia ter sido também um
hábito seu. Em Jerusalém era muito usada a Alcaparra, denominada em hebraico de
Abyynah, cujos brotos e flores excitavam os desejos sexuais; hoje as sementes
conservadas em vinagre constituem um condimento muito apreciado em toda a
parte.
De qualquer forma, é preciso encontrar-se uma justificativa
muito mais coerente sobre a presença das Romãs, do que a simplista de que
simbolizava a união fraterna, pela coesão de seus grãos. A necessidade dos
excitantes sexuais vem justificada pelo costume que os poderosos tinham de
manter junto a si, múltiplas esposas e concubinas; os excessos sexuais da época
não constituíam pecado ou falha moral.
Completaremos o estudo sobre a Romã, examinando
detalhadamente o seu aspecto interno e externo. O fruto é arredondado,
assemelhando-se a um pequeno cântaro, ou a uma laranja de bom tamanho. Sua casca
é lisa e manchada na coloração mista do vermelho com o verde, com manchas
amareladas.
Na parte oposta ao pedúnculo que se prende ao ramo,
apresenta uma coroa formada de pequenos triângulos, e no seu centro, restos de
pistilos secos de sua flor. Essa flor é de cor escarlate e composta de três
pétalas carnosas que após desabrochar completamente dão lugar a uma rosácea de
cinco pétalas; curiosamente, ao formar-se o fruto, surgem mais duas pétalas que
se mantêm envolvidas pela coroa, secando paulatinamente até ao completo
desenvolvimento do fruto.
A casca é grossa e robusta; quando bem maduro o fruto
rompe-se, pondo à mostra alguns grãos; quando colhida e deixada em lugar
quente, a Romã seca lentamente; não apodrece; e mesmo seco, o fruto é
utilizado, pois os seus grãos apresentam-se mais doces ainda. O interior
apresenta duas câmaras: a alta que contém cinco celas onde se espremem dezenas
de grãos, e a câmara baixa, que se apresenta da mesma forma; os grãos têm no
centro, uma diminuta semente branca e ao redor uma grande parte carnosa e
transparente, nas colorações que partem do rosa pálido ao vermelho rubi. Essa
parte interna lembra os favos de mel; as celas são divididas por uma espécie de
cortina branca e leve.
Essa película resistente é amarga, como o é toda a casca
exterior, possuindo propriedades medicinais; pela grande quantidade de tanino
que contém, é usada como adstringente para diarréia; a casca, em forma de chá é
um excelente vermífugo. Os grãos são saborosos, podendo ser ingeridos
agrupados; o gosto esquisito, é agridoce. No Oriente, como já referimos, esses
grãos macerados produzem um líquido que fermentado resulta em vinho
afrodisíaco. O simbolismo do fruto e de sua flor se adéqua à filosofia
maçônica. A planta, ou melhor, o arbusto, tem as folhas pequenas e perenes, de
um verde escuro; a planta não atinge altura significativa e desde cedo, quando
em desenvolvimento, tendo um metro e meio, já produz frutos. Os grãos
simbolizam a união dos maçons em seus vários aspectos: o fisiológico, porque
cada grão possui "carne", "sangue" (o suco) e
"ossos", (as sementes). Os grãos crescem unidos de tal forma que
perdem o formato natural, que seria redondo; espremidos uns aos outros, são
semelhantes a polígonos geométricos, com várias facetas; são lustrosos e belos,
lembrando os favos de uma colméia de abelhas; as abelhas trabalham sem descanso
e assim lutam os maçons.
Os frutos representam os maçons que estão no Oriente Eterno;
são pedras totalmente polidas que abrilhantam o Reino Celestial. As câmaras
simbolizam a vida externa e a interna, ou seja, a mente humana e o espírito. As
cinco células da Câmara Alta representam as fases intelectuais onde se estuda a
razão da verdade eterna;, o conhecimento, o impulso para o elevado, para a
moral e para a perfeita harmonia.
Representam, ao mesmo-tempo, as cinco raças humanas,
perfeitamente unidas, sem preconceitos; também recordam as cinco idades do
homem: a embrionária, a infância, a do aprendizado, a construtiva e a madura.
As três células da Câmara Baixa correspondem ao aprendizado, ao companheirismo
e ao mestrado. As três substâncias do homem: sangue, carne e ossos; ao homem
Templo, ao homem Altar e ao homem Alma. As três luzes: Ven.’. e Vvig.’.. O
formato externo, representa a Terra, seja pela sua esfera, seja pela sua
coloração e conteúdo.
O astronauta soviético Yuri Gagarin, quando pôde contemplar
a Terra do Cosmos, exclamou: "Ela é azul!". Hoje passada quase uma
geração, o jornalista japonês Akiyama, a bordo da estação orbital russa Mir
enviou a seguinte mensagem: "O ar e as águas estão visivelmente sujos.
Estou muito ocupado aqui, em cima, para ser filosófico; mas sinto que realmente
faço parte da mãe Terra, agora, e acredito que temos que realmente fazer alguma
coisa para salvá-la - acrescentou: eu não estou falando dos desertos, mas em
outras partes da África e da Ásia não há muitas árvores". Que expressiva
diferença após poucos anos! A Terra para Gagarin era azul; para Toyohiro
Akiyama, a Terra perdeu a suavidade colorida!
A Romã expressa, na sua coloração, a realidade. A coroa de
triângulos ou coroa da virtude, do sacrifício, da ciência, da fraternidade, do
amor ao próximo, está colocada numa extremidade da esfera. Simboliza o
coroamento da obra da Arte Real. A flor rubra representa a chama do entusiasmo
que conduz o Neófito ao seu destino, iluminando a sua jornada. As cores da Romã
simbolizam: o verde, o reino vegetal; a amarela, o reino mineral; e a vermelha,
o reino animal. As membranas brancas, que não constituem cor, mas a mistura de
todas as cores como as obtidas quando o raio transpassa o cristal formando o
arco-íris, simboliza a paz e o amor fraterno.
Podemos acrescentar que o simbolismo da romã se equivale, na
Arte Real, ao simbolismo da Cadeia de União, da Orla Dentada, da Corda de 81
Nós, e ao do Feixe de Esopo.
Em suma, a romã simboliza a própria Loja e a sua a Egrégora.
IRMÃO ANTÓNIO ROCHA FADISTA
M.'.I.'., Loja Cayrú 762 GOERJ / GOB – Brasil
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