LOJA MAÇÔNICA CAVALEIROS DO HERMON
Augusta e Respeitável Loja Simbólica Cavaleiros do Hermon 335 - GLESP - Fundada em 13/05/1988.
QUEM SOMOS
Nós Cavaleiros do Hermon, na constante busca para tornar feliz a humanidade, sob a égide do Grande Arquiteto do Universo, que é Deus, nos reunimos às sextas-feiras a partir das 20h00 , na Avenida Pompéia, 1402 - Templo Ir.'. Willian Bucheb - São Paulo - SP.
quarta-feira, 25 de janeiro de 2023
HOMENAGEM RECEBIDA NO ANO DE 2022 - ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE DE SÃO PAULO (ALESP), POR INDICAÇÃO DO DEPUTADO ALDO DEMARCHI
quinta-feira, 21 de abril de 2022
A TRADIÇÃO INVENTADA DO PEDREIRO TIRADENTES
Meus irmãos hoje no dia 21 de Abril a data
histórica muito se comenta e se diz em torno de uma construção mitológica com
cor local. Com inspiração nos escritos de Françoise Jean de Oliveira Souza; foi
possível construir este ensaio subjetivo e sem pretensões...
A Inconfidência como objeto passível de
ser novamente apropriado permitiu à historiografia refazer as linhas gerais do
levante sempre que a conjuntura política brasileira teve necessidade de
reavivar o sentimento nacional. Seu legado simbólico foi retomado de tempos em
tempos, mais especificamente nos momentos de rupturas históricas no decorrer do
século XX. Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek e até mesmo os militares de
1964, autointitulados “os novos inconfidentes”, apropriaram-se do fato histórico
em favor de seus interesses políticos. Sob novas roupagens, o mito repetia-se
incessantemente.
Contudo, não foram apenas os governos que
utilizaram a influência do movimento e de seu herói. Muitas instituições também
procuraram um “lugar ao sol” nessa festa de apropriações simbólicas. Foi o caso
da maçonaria, que tomou Tiradentes como seu símbolo maior no Brasil ainda no
século XIX. A partir de 1870, ocorreu um crescimento acelerado do número de
lojas maçônicas no país e muitas delas foram batizadas de “Tiradentes”.
Frequentemente, suas bibliotecas tinham o inconfidente por patrono e até mesmo
os jornais maçônicos carregavam seu nome. Já no século XX, Tiradentes pareceu
ganhar em definitivo um lugar de destaque no panteão maçônico, tornando-se
patrono da Academia Maçônica de Letras.
Mas por que esse mineiro poderia
representar a maçonaria? Que legitimidade haveria nisso? “Simples”,
responderiam os historiadores ligados a essa organização: Tiradentes teria sido
maçom, e a Inconfidência Mineira, uma conspiração maçônica em prol da
libertação nacional!
Muitos maçons, historiadores ou não,
aventuraram-se a escrever sobre o episódio para desvendar sua “verdadeira”
história e demonstrar o papel crucial da maçonaria na definição dos
acontecimentos de 1789. Em geral, essas narrativas começam demonstrando que a
Inconfidência não foi um episódio regional. Tal movimento teria feito parte de
um projeto internacional elaborado para tornar livres todos os povos oprimidos.
A Inconfidência, a Revolução Francesa e a Independência dos Estados Unidos
seriam expressões de um mesmo fenômeno: o do anseio revolucionário por
independência, democracia e liberdade que sacudiu a Europa e a América por meio
das atividades maçônicas.
Tiradentes somava as novas ideias
absorvidas. Passou a frequentar a biblioteca do cônego Luís Vieira da Silva, e,
ali conheceu as teses dos franceses Rousseau, Montesquieu e outros iluministas,
que secundavam o pensamento do inglês John Locke. Ao retornar a Vila Rica,
aproveita a ocasião para fazer propaganda sobre os planos que havia idealizado.
Procurou os companheiros que compartilhavam de seu pensamento e daí em diante
foi se formando, assim, a ideia da Conspiração Mineira.
Desse modo, o sentimento nativista não
seria suficiente para explicar os anseios dos inconfidentes pela República.
Acreditar apenas nisso, segundo os escritores da maçonaria, seria “ingenuidade
e romantismo”. Os conspiradores mineiros agiriam inspirados não só pela ideia
de nação brasileira, mas, principalmente, pelos sentimentos de sua organização.
“Mirando-se no exemplo vitorioso da revolução americana guiada por George
Washington, Thomas Jefferson, etc., (…) os líderes inconfidentes questionaram o
que a metrópole impunha como sendo inquestionável”, escreve o maçom Raymundo
Vargas. Eles não teriam planejado uma revolta se não tivessem certeza de que os
“irmãos” americanos prestariam auxílio ao restante do continente. O projeto
também incluía a Europa, e a França foi o palco escolhido para os contatos que
uniriam o Brasil “a essa corrente universal de liberdade”.
A narrativa maçônica apresenta-se confusa
para aqueles que sabem que a instituição foi fundada no Brasil em 1801. Mas
aqui também podemos usar a cronologia para esclarecer os fatos: a primeira loja
maçônica documentada no Brasil, chamada de Cavaleiros da Luz, foi fundada
entre 1795 e 1797, em Salvador. A Inconfidência ocorreu anos antes, em 1789. A
Inconfidência poderia caracterizar-se como um movimento maçônico se ainda não
havia lojas no Brasil? De acordo com seus escritores, haveria, sim, centenas de
maçons organizados em lojas, mas estas funcionavam clandestinamente, já que a
ordem se encontrava proibida pela legislação portuguesa.
O relato que inaugurou a crença em uma
Inconfidência de caráter maçônico partiu de Joaquim Felício dos Santos, que,
curiosamente, não era maçom. Em sua obra Memórias do distrito diamantino
da comarca do Serro Frio (1924), ele escreve que a “Inconfidência de Minas
tinha sido dirigida pela maçonaria, Tiradentes e quase todos os conjurados eram
pedreiros-livres”. Com base nessa passagem, estudiosos, maçons ou não,
começaram a associar automaticamente a Inconfidência à maçonaria. Surgiu a
crença de que Tiradentes, que ia muito à Bahia para refazer o sortimento de
mercadorias de seu negócio, acabou, numa de suas viagens, tornando-se maçom.
Ele seria o responsável pela criação de uma loja maçônica, local onde os
conjurados teriam sido iniciados na organização, “introduzida por Tiradentes
quando por aqui passava vindo da Bahia para Vila Rica”, escreve Tenório
D’Albuquerque.
Prova maior da importância do triângulo
como símbolo maçônico teria se dado no momento da execução de Tiradentes,
quando o maçom e capitão Luiz Benedito de Castro não distribuiu as tropas em
círculo como de costume, e sim formou um triângulo humano em torno do patíbulo.
A multidão “não poderia compreender o significado simbólico daquele triângulo,
mas Tiradentes, no centro dele, compreendia aquela última e singela homenagem”,
descreve Raymundo Vargas.
Finalmente, as narrativas maçônicas encontram
explicação também para um instigante mistério: o sumiço da cabeça de
Tiradentes. A urna funerária contendo a cabeça do herói da Inconfidência teria
sido retirada secretamente às altas horas da noite pelos irmãos maçons
remanescentes do movimento. O roubo da cabeça seria, segundo Raymundo Vargas,
uma das primeiras afrontas da maçonaria às autoridades repressoras portuguesas,
mostrando-lhes que “a luta só começava”. Segundo autores maçons, não teria sido
por acaso que, no mesmo local onde a cabeça de Tiradentes fora exposta, o então
presidente da província mineira e grão-mestre da maçonaria brasileira em 1874
Joaquim Saldanha Marinho, em 3 de abril de 1867 ergueu uma coluna de pedra em
memória do mártir maçom.
Vários outros aspectos da Inconfidência
foram trabalhados pelos autores ligados à organização, tais como a
personalidade maçônica do Visconde de Barbacena ou as “irrefutáveis” provas da
viagem de Tiradentes à Europa para fazer contato com seus irmãos da ordem.
Percebe-se que a maçonaria, por meio de seus intelectuais, construiu uma série
de argumentos para não deixar dúvida quanto ao papel de destaque dessa
instituição no desenrolar de todos os fatos da Conjuração. Recentemente,
surgiram alguns trabalhos elaborados por historiadores maçons mais criteriosos
que refutam muitas das teses aqui apresentadas. Contudo, estes ainda não foram
suficientes para derrubar do imaginário maçônico a figura do herói mineiro.
De fato, existem vestígios de que maçons
passaram pelas Minas setecentistas. Analisando os processos inquisitoriais
luso-brasileiros de fins do século XVIII e início do XIX, encontram-se
denúncias contra mineiros de Vila Rica e do Tijuco, acusados de libertinos,
heréticos e maçons. Sabe-se também que muitos estudantes brasileiros em Coimbra
e Montpellier iniciaram-se na maçonaria europeia e trouxeram seus valores e
ideias para o Brasil. Alguns deles, como José Álvares Maciel e Domingos Vidal,
ajudaram nos planos dos inconfidentes.
Para além da discussão da veracidade ou
não desses relatos acerca da Inconfidência, é interessante perceber de que
maneira a elaboração de tal narrativa histórica favorece a instituição dos
pedreiros livres. Em diversos momentos, a presença da maçonaria em território
brasileiro foi questionada. Com a Proclamação da República, por exemplo, a
Igreja Católica perdeu o título de religião oficial do Estado e, para tentar
reaver sua influência política, reforçou o combate à organização. O catolicismo
oficial passou a apresentar a maçonaria como uma sociedade “estranha” à cultura
brasileira, vinda de fora, representante do imperialismo e, logo, uma ameaça à
soberania nacional. Mais tarde, com esses argumentos, Getúlio Vargas a
colocaria na ilegalidade.
Diante de situações como essas, tornou-se
fundamental para a maçonaria apresentar-se à sociedade brasileira como uma
instituição que, ao contrário do que dizem seus opositores, mostra se presente
há tempos em nosso território e em nossa cultura. Assim, a narrativa da
Inconfidência como um movimento maçônico pode ser denominada de “’tradição
inventada”, expressão cunhada por Eric Hobsbawm que indica a criação de um
passado com o qual se busca estabelecer uma continuidade. Construir por meio de
uma historiografia uma tradição na qual os maçons teriam feito parte do momento
fundador da nação brasileira é, sem dúvida, uma maneira de assegurar sua
presença no Brasil. Ao associar a imagem de Tiradentes à sua, essa ordem passa
a ser lembrada como a defensora dos nobres valores carregados pelo herói
nacional. Mais do que uma forma de defesa, a apropriação maçônica da simbologia
da Inconfidência lhe dá legitimidade perante a sociedade. Por ora, a estratégia
teve êxito na medida em que a insurreição de 1789 e a atuação maçônica
encontram-se, ainda hoje, intimamente associadas no imaginário popular.
Considerações
finais
O enigmático mártir em leitura pragmática
jamais foi maçom pois não havia maçonaria ainda no Brasil e sim maçons e não há
registros que tenha viajado além mar para ser iniciado, sob outro viés em uma
leitura passional nosso alferes tem muitos predicados que o credenciam como
maçom ou profano de avental.
Autor: Ir⸫ Ivan Froldi Marzollo – Advogado – Pós-graduado
em Maçonologia: História e Filosofia (UNINTER)
BIBLIOGRAFIA
Castellani,
José – Os Maçons que Fizeram a História do Brasil
Faraco,
Sérgio – Tiradentes: Alguma Verdade
Fernandes,
Paulo de Tarso – Raízes de Liberdade (Palestra)
Ferreira,
Manoel Rodrigues e Tito Lívio – A Maçonaria na Independência Brasileira
Figueiredo,
E. – A Ideia de Igualdade
Texto fornecido pelo Ir⸫ Sérgio Eduardo Correia - M⸫I⸫ CH335
quinta-feira, 24 de dezembro de 2020
"DEVEMOS CULTIVAR NOSSO JARDIM"
Gostaria simplesmente de ter a capacidade de marketing
das agências de publicidade de certos partidos políticos!
Em que pese discussões políticas partidárias serem
proibidas dentro de uma Loja, estas não são quando das relações interpessoais
envolvendo os Maçons.
Quando entrei na Ordem tinha para mim o ideal, o mesmo
ideal que possuía quando fui nas têmperas do Regimento de Cavalaria Forjado,
fui recebido maçom com a certeza de que poderia e deveria mudar a sociedade,
ainda que fosse a pequena fração da sociedade a qual pertencia e pertenço.
Mesmo sentimento que seis anos antes do ingresso na Cavaleiros do Hermon fui
acometido quando resolvi servir e proteger o Povo Paulista e Brasileiro.
Encontrei irmão nos quatro cantos das Terras de
Pindorama[1],
combati o bom combate nos mais longínquos rincões, guardando sempre a minha fé
e meus ideais de bem servir. Porém, hoje, tento saber o que acontece com os
mais jovens, mas não os mais jovens de idade profana, falo daqueles que
ingressaram nos últimos 5 anos nos quadros da Ordem.
Onde está o interesse em servir?
Onde está a pré-disposição?
Onde está o compromisso e o comprometimento?
Onde está o cumprir o juramento?
Onde está a Proatividade?
Onde está o ser Maçom?
Talvez estas perguntas consigam responder o estudo
realizado a dois ou três anos relativos a evasão maçônica; as lojas estão se
esvaziando pelo choque de identidade e principalmente o choque de gerações. Ao
que parece o daninho espírito inovador vem vencendo a batalha.
Porque você meu irmão ingressou na maçonaria? Se
responder esta pergunta, me diga porque então não faz acontecer o motivo pelo
qual lhe fez procurar a instituição?
Você se deixa levar o abater por situações que
presencia, ouve ou vê? Se sua resposta for sim, então não está preparado para
ser maçom, pois ser maçom é não se abater com aquilo que te aborrece, afinal,
caso se deixe vencer ou ferir, fatalmente desistirá, estando a vitória em mãos
erradas; no entanto caso se resigne da
derrota e tenha assim um senso mínimo de resiliência, saberá que toda
associação composta por pessoas possui suas falhas, cabendo aos bons
simplesmente trabalhar, fazendo do seu mundo o melhor dos mundos possíveis,
ainda que em um primeiro momento utilizemos da visão utópica de Cândido a ele
imposta pelos ensinamentos de Pangloss[2],
seu mestre.
E assim deve ser na maçonaria, na Loja, ou seja,
independente das possíveis frustrações, se você realmente quer ser maçom, tem
que ser resiliente, porém se quiser estar acima da média, ser um diferencial
entre os comuns, ser de fato maçom e não apenas estar maçom, aí começamos a ver
o quão é difícil atingirmos a meta, porém não impossível, assim como tudo
aquilo que alguém se propõe a fazer e ser o melhor.
Ao vermos uma bailarina dançando sublime, flutuando no
palco como se tivesse o peso de uma pluma, com seu belo e atraente traje,
falamos isso é comum, é fácil, é só uma dança; mas esquecemos quantas horas de
dedicação isso levou, quantas hora de diversão foram sacrificadas, mas
principalmente, esquecemos que a grande maioria dos bailarinos desistem antes
de terem a oportunidade de uma grandiosa apresentação; parecer leve e bailar
como uma pena ao vento exige que se esforce e supere a dor de como se estivesse
andado descalço nas pontas dos pés sobre o asfalto quente; esquecemos ao ver a
beleza da dança de pedir para ver os pés
descalços de uma bailarina.
Enfim, se maçom é exigir maturidade espiritual, é se
dedicar para que se mantenha o espírito de grupo, ainda que comunguem disso
apenas um punhado de irmãos; ser maçom e fazer a maçonaria com a alma é saber
que teremos dores e frustrações; é portanto saber que por baixo de uma bela
sapatilha existe um pé com dedos calejados e sofridos, porém que se esforçam
para que o espetáculo, a beleza, a firmeza, o comprometimento e a busca por um
ideal, sempre vençam.
Retornando a frase inicial “Gostaria simplesmente de ter a capacidade de marketing das agências de
publicidade de certos partidos políticos!”. Coloco esta frase, pois algumas
agências são de tamanha competência que conseguem em época de eleições, a cada
dois anos, fazer com que muitos de nós votemos nos mesmos que nada fizeram e
ainda fraudaram, tolheram, achincalharam, sucatearam e outras tantas
atrocidades fizeram em detrimento de nosso povo.
Mas gostaria dessa capacidade, ou encontrar irmão que
tivessem essa capacidade coercitiva e aglutinadora, para de fato poder dar novo
folego a mais bela e importante associação que já existiu, existe e não sei se
no futuro existirá.
A maçonaria dentro de seus fundamentos comunga de uma
filosofia. Alveriano de Santana Dias, inicia seu artigo “A MAÇONARIA SIMBÓLICA
E A FILOSOFIA”[3] com a seguinte reflexão
inquisitória: O que se entende por
Filosofia Maçônica? Como ela exercita seus Postulados, Normas, Constituições,
Regulamentos e Regimentos Maçônicos? É esclarecido ou informado ao profano que
ele vai fazer parte de uma Instituição Filosófica, ou simplesmente exigimos
dele uma boa conduta “moral”? Será o suficiente para o que pretende a
Instituição que tem a filosofia do “ser livre e de bons costumes” como seu
postulado? Ao Aprendiz são apresentadas as diretrizes para que ele possa
exercitar a arte do pensar, procurando, primeiro, conhecer a “si” mesmo e,
depois, praticar a caridade, que é peculiar a todos aqueles que, mergulhados em
seu “EU”, encontram respostas para os seus questionamentos e, posteriormente,
exercitar esse aprendizado? O que dizer, então, do Companheiro e do Mestre
Maçom?
A propaganda feita ao aprendiz, quando ainda profano,
certamente lhe inferiu sentimentos que teria mudada sua vida ao pisar em um
templo, porém, sabemos que pouco se explora da filosofia maçônica tão vasta,
ocasionando assim a desconstrução do pensamento e aplicação do saber maçônico
para efetiva aplicabilidade no dia a dia do maçom no mundo profano.
O homem maçom, não sabe como praticar a maçonaria, não
tem a menor ideia de como exercitar o que aprendeu, por ter aprendido mal.
DIAS ainda conclui: “... vem ocorrendo uma inversão de valores, ocasionando uma constante
evasão nos quadros de obreiros das Lojas. O principal motivo é que as reuniões
estão limitadas às leituras dos rituais e ao bater dos malhetes. Desse modo,
quando o obreiro chega a Mestre, tem uma visão equivocada de que não há mais
nada a fazer ou aprender, muito menos a ensinar aos neófitos sobre o que
pretende a Maçonaria, por desconhecimento da sua base filosófica ou por simples
acomodação. É o retrocesso... O conhecimento, que se arrasta durante séculos,
aos poucos, vai ficando no ostracismo”.
Por isso, indaguei a vontade de termos em nossos
quadros pessoas capazes de introduzir o amor à sabedoria maçônica, ou seja, a
filosofia e sua aplicação, na cabeça dos novos maçons, como fazem os
publicitários com eleitores, pois a campanha feita é impressa no subconsciente
do eleitor, fazendo com que o mesmo se apaixone pelas ideias de seus
candidatos. Talvez seja isso que nos falte, a impressão do amor à ordem em
nosso subconsciente.
Por fim, encerro mais uma vez com o enigma de Voltaire
"devemos cultivar nosso jardim",
criando dentro do que é possível o melhor dos mundos, ou a melhor das Lojas
dentro daquilo que compete a cada um de nós.
Fraternalmente.
[1] Brasil, como era
chamado pelos nativos até o descobrimento em 1500.
[2] François-Marie Arouet, mais conhecido pelo pseudônimo Voltaire - Cândido ou O Otimismo ou
simplesmente Cândido - jovem, Cândido, vivendo num paraíso edênico e recebendo
ensinamentos do otimismo de Leibniz através de seu mentor, Pangloss. A
obra retrata a abrupta interrupção deste estilo de vida quando Cândido se
desilude ao testemunhar e experimentar eminentes dificuldades no mundo.
Voltaire conclui a obra-prima com Cândido — se não rejeitando o otimismo — ao
menos substituindo o mantra leibniziano de Pangloss, "tudo vai pelo melhor
no melhor dos mundos possíveis", por um preceito enigmático: "devemos
cultivar nosso jardim."
[3] REVISTA O BUSCADOR
REVISTA DE CIÊNCIA MAÇÔNICA - LOJA
MAÇÔNICA DE ESTUDOS E PESQUISAS RENASCENÇA - O Buscador - Campina Grande- PB
Brasil Ano I N° 2 pag. 21 – 31 abr/jun - 2016