QUEM SOMOS

CAVALEIROS - alusão aos Templários, às Cruzadas e à Távola Redonda. HERMON - o termo remete-nos ao Monte Hermon, em cujo topo se forma a neblina que se condensa em forma de garoa, o orvalho consagrado pelo Salmo 133. Essa precipitação "tolda parcialmente o sol escaldante do sul do Líbano, e umedece seu solo, transformando-o numa das regiões mais férteis e amenas do Oriente Médio."

Nós Cavaleiros do Hermon, na constante busca para tornar feliz a humanidade, sob a égide do Grande Arquiteto do Universo, que é Deus, nos reunimos às sextas-feiras a partir das 20h00 , na Avenida Pompéia, 1402 - Templo Ir.'. Willian Bucheb - São Paulo - SP.

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

AMOR FRATERNAL, AMPARO E VERDADE



Escrito por: Kennyo Ismail

Você está vendo esses dois homens na foto? Essa foto foi tirada quando estavam em pré-operatório num hospital de Washington DC, alguns dias atrás. O barbudo, Richard, estava doando um rim para o careca, Christopher, que tem problema renal em estado terminal, já realizando três hemodiálises por semana. Eles não são parentes. Eles não são amigos de infância. Eles nem sequer se conheciam há poucos meses atrás. Christopher não está pagando pelo rim de Richard, que colocou sua saúde em risco, mesmo tendo duas filhas pequenas, para salvar a vida de um desconhecido. Sabe por que? Porque eles são irmãos. Sim. São irmãos maçons.
Há poucos meses, circulou em um blog maçônico norte-americano a notícia de que um irmão de Washington, de apenas 26 anos de idade, maçom dedicado à sua Loja, a “Colonial #1821”, da Grande Loja do Distrito de Columbia, estava na fila por um transplante de rim. Um irmão de 32 anos de idade, pai de família, que não conhecia Chris e nunca tinha ido a Washington, leu a notícia e fez contato, se voluntariando a fazer os exames de compatibilidade. Era Richard, Segundo Diácono da Loja “Golden Spike #6”, da Grande Loja de Utah. Após a confirmação dos exames, no último dia 09 de outubro as cirurgias ocorreram com sucesso.
Quando questionado sobre a razão de estar doando um rim para um desconhecido, Richard disse que, ao ler a notícia, de um irmão tão jovem necessitando de ajuda e solidariedade, apenas cumpriu com seu juramento. Assim, a tríade do lema maçônico original foi ilustrada, de forma sublime, na ação desse irmão, pois o amparo dado foi um verdadeiro ato de amor fraternal.
E você aí com preguiça até de ir pra reunião, né? A quantidade de graus que você tem é equivalente à quantidade de juramentos que você prestou. Mas se cumprir com maestria apenas o do grau de Aprendiz, já estará fazendo a diferença e colaborando para uma sociedade melhor. Não deixe que nossas cerimônias sejam apenas fórmulas vazias. Leve-as em sua mente e coração, usando-as para esquadrar suas ações.
Obrigado, irmão Richard. Você, com certeza, salvou bem mais do que a vida de um irmão. Seu nobre ato nos recorda da importância de nossa Fraternidade, pois para socorrer um necessitado não precisa ser maçom… mas para ser maçom precisa-se socorrer os necessitados. Em outras palavras, o que para os outros é uma opção, para o maçom é uma obrigação.


quinta-feira, 5 de outubro de 2017

ENTENDENDO O HINO DA MAÇONARIA


Escrito por

Da luz que de si difunde
Sagrada Filosofia
Surgiu no mundo assombrado
A pura Maçonaria

A Idade Média é considerada a “idade das trevas”, os “mil anos de escuridão”, pois a Igreja Católica impedia a evolução da ciência e controlava a educação, promovendo a submissão da razão em nome da fé. Após o fim da Idade Média, tem-se a Idade Moderna, na qual surgiram o Iluminismo e a Maçonaria. A Maçonaria é considerada, junto de outras instituições, a responsável pela difusão do ideal de livre busca da verdade.

Maçons, alerta!  
]
Tendes firmeza  ]     Refrão
Vingais direitos  ]
Da natureza       ]

Os “direitos da natureza” são os direitos naturais, defendidos pelos jusnaturalistas. Trata-se dos direitos considerados próprios do ser humano, independente de época e lugar. Entre esses direitos, destaca-se os direitos a vida, a liberdade, a resistência à opressão, e a busca da felicidade. Esses direitos foram, em outras épocas, tomados do homem através da tirania e do fanatismo. E cada maçom deve defendê-los.

Da razão parto sublime
Sacros cultos merecia
Altos heróis adoraram
A pura Maçonaria

A alegoria da caverna, de Platão, mostra o homem cego e acorrentado pelas amarras da ignorância, e ensina que a descoberta do mundo deve se dar de forma gradativa. O homem ao sair da caverna sofre como um recém-nascido quando do parto, mas ambos ganham um mundo novo. Após os anos de “mundo assombrado”, a humanidade assiste o nascimento da Maçonaria, uma Ordem cujos ritos cultuam a razão, retirando homens da caverna da ignorância e dando-lhes a luz de uma nova vida. Talvez por isso da Maçonaria ser berço de tantos heróis e libertadores.

(Refrão)
Da razão suntuoso Templo
Um grande Rei erigia
Foi então instituída
A pura Maçonaria

O grande Rei erigindo um suntuoso Templo da razão é o Rei Salomão, tido como possuidor de toda a sabedoria. E é da construção de seu templo que alegoricamente foi instituída a Maçonaria, visto ter na lenda dessa construção o terreno fértil para a transmissão de muitos de seus ensinamentos.  

 (Refrão)
Nobres inventos não morrem
Vencem do tempo a porfia
Há de séculos afrontar
A pura Maçonaria

“Porfia” significa “disputa”. Apenas as ideias nobres vencem a disputa contra o tempo. A Maçonaria, por sua nobreza de ideais, tem sobrevivido ao passar dos séculos, ao contrário de muitas outras instituições que sucumbiram diante do tempo, sempre implacável.

 (Refrão)
Humanos sacros direitos
Que calcara a tirania
Vai ufana restaurando
A pura Maçonaria

“Calcar” significa “pisotear”, “esmagar”, enquanto que “ufana” significa “orgulhosa”, “triunfante”. Em outras palavras, a estrofe diz que: a pura Maçonaria vai triunfante restaurando os sagrados direitos humanos que foram pisoteados pela tirania.

(Refrão)
Da luz depósito augusto
Recatando a hipocrisia
Guarda em si com o zelo santo
A pura Maçonaria
A Maçonaria guarda em si, com o devido cuidado, a luz da razão. Em seu interior, a hipocrisia vai sendo “recatada” (envergonhada), enquanto que a verdade é exaltada. A razão, duas vezes citada no hino, está diretamente ligada à verdade, esta o oposto da hipocrisia, pois não existe razão sem verdade, assim como a verdade só é encontrada com a razão

(Refrão)
Cautelosa esconde e nega
À profana gente ímpia
Seus Mistérios majestosos
A pura Maçonaria

A Maçonaria mantém seu caráter sigiloso e grupo seleto em proteção de seus augustos mistérios, para que aquelas pessoas ofensivas ao que é digno não possam alcançá-los.

(Refrão)
Do mundo o Grande Arquiteto
Que o mesmo mundo alumia
Propício, protege e ampara
A pura Maçonaria

E por fim, a Maçonaria é posta como instituição sagrada, da qual o próprio Grande Arquiteto do Universo é favorável, e por isso a protege.

(Refrão)

COMENTÁRIOS FINAIS:
Questão interessante sobre esse Hino, que recebeu o nome genérico de “Hino da Maçonaria” por não ter sido originalmente nomeado, é quanto a sua autoria. Várias fontes maçônicas o colocam como sendo letra e música de D. Pedro I. Não há documento algum que corrobore com essa teoria. Outras tantas fontes, inclusive o GOB, apontam o autor como sendo Otaviano Bastos, o que é impossível. O próprio Otaviano escreveu em sua obra “Pequena Enciclopédia Maçônica” que a música é de D. Pedro I, mas a letra é de autor desconhecido.
Há ainda outra questão relacionada ao hino e que merece atenção. Alguns escritores que se propuseram a interpretar o hino, ao se depararem com o termo “recatando a hipocrisia”, não compreendendo seu real significado, cometeram o gravíssimo erro de modificar a letra do hino para “recatada da hipocrisia”, de forma que o hino pudesse se encaixar devidamente aos seus entendimentos, em vez do contrário. Ora, imagine modificar a letra de um hino musicado por D. Pedro I, cujo valor histórico e maçônico é incalculável, para se alcançar a interpretação desejada… é o que podemos chamar de “estupro da história”.

CONSULTAS:
GUIMARÃES, José Maurício: Dissecando o Hino da Maçonaria. Portal “Formadores de Opinião” e Portal “Samaúma”.
RIBEIRO, João Guilherme da C.: O Livro dos Dias 2012. 16a Edição. Infinity.
RUP, Rodolfo: O Hino Maçônico Brasileiro. Portal Maçônico “Samaúma”.
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